segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Leituras do Cotidiano

Nossa política (?)

Me chega uma questão de um leitor:
- Herman, de uma forma geral, o que você pensa da política brasileira?
R: "A política institucional-oficial brasileira, de uma forma quase que geral, é um antro de privilégios e interesses privados ou ideológicos, onde as formalidades e burocracias superam o bom senso e as necessidades, e a população que mais necessita dela fica a mercê das jogatinas e destes interesses. Como diria Mujica, o problema da 'grande política' é seu afastamento das questões filosóficas que devem fundamentar a realidade, as necessidades e anseios - além da fragilidade em perceber que as artes e suas linguagens tem tanta potência quanto ela própria (a política), o que reflete diretamente na educação e cultura, suas concepções e práticas cotidianas. De um modo geral, nossa 'política' institucional-oficial é burocrata, formal, insensível, reprodutora, mantenedora e distante das diversificadas realidades, ou seja, uma política platônica, dualista, segmentadora e segregadora (além de mesquinha em boa parte!). A exemplo: enquanto artistas viscerais, profundos, dignos de sê-los, sofrem para produzirem suas artes no Brasil, Fabio’s Júnior’s reproduzem mediocridades em shows pelo mundo e ganham dinheiro de leis nacionais de incentivo à cultura. Eis a falta de um olhar governamental mais apurado para com o que é produzido em arte e cultura no Brasil.

Xapecó e seu trânsito desumanizado...


 É cada vez mais difícil transitar pelas ruas do centro. Excesso de carros, motoristas mal educados e que dirigem mal, mais espaço pra carros do que para pedestres, difícil achar vaga de estacionamento por dois motivos: excesso de carros e motoristas que estacionam mal, transporte público de péssima qualidade em vários sentidos, falta de trajetos e transportes alternativos (como ciclovias, por exemplo). E entidades como a ACIC, 'preocupadas' com o número de vereadores na câmara. Se querem mesmo diminuir gastos da câmara, atentem para os gastos dos ilustres vereadores em diárias de viagem, por exemplo, e não na representatividade dos mesmos. Com poucos vereadores fica mais fácil controlar o jogo político, pois, garantem os eleitos que são financiados por entidades e empresas privadas e seus interesses, enquanto para a população, fica mais difícil de ter representantes na política institucional oficial. Ou seja, até parece pensado ideologicamente esta campanha pela redução de vereadores da ACIC. Esperteza ou ingenuidade? Não sei. Mas desconfio...


* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó.



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