Com o vento... o ano da serpente (no chinês) vai
passando, em meio a algumas brisas e muitos vendavais. Um ano radical, assim
como foi o do dragão no ano anterior. O dragão com seu sopro fumegante preparou
terreno para a serpente, que com sua sutileza e seus botes letais, percorreu
caminhos. Caminhos que são possibilidades. Daqui mais algumas semanas,
entraremos a trote, galope ou disparada, no ano do cavalo. O provável é que estaremos
em pé e fortes. 2013 tem sido um ano cheio. Foram muitas crônicas ou textos.
Alguns mais sérios, outros nem tanto (alguns, em nada sérios!). Textos
filosóficos, sociológicos, literários, irônicos. Outros, apenas textos, sem
mais. Eu, você e o outro, sobreviventes, como a vida quer. Momentos de prazer e
felicidade, outros, de desgosto e tristeza – é o movimento caótico da vida que
sopra nossos rostos desenhados pelo tempo. O tempo passa e com ele nós
passamos. Nisso, agradeço neste tempo, aos que acompanharam este escriba
semanalmente ou aleatoriamente. Aos que como eu, se indignam com algumas coisas
do mundo, mas, mesmo assim, não perdem o riso nem a prosa afiada. Estamos na
história pra isso, e a vida nos abraça para que, dentro dela, façamos nosso
andejo. Enfim. Ano que vem, possivelmente retornaremos mais fortes, pois
sobrevivemos à serpente, entendendo mais um pouco que ela faz parte de nós – e
como diria meu amigo bigodudo (Nietzsche): “O que não me mata me torna mais
forte”. Abraços, saúde e continuação...
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 20/12