sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cães...



Meu olho aberto no meio da chuva e o chapéu protege a visão. Entre detritos e artefatos de guerra urbana eu vejo o mundo com os olhos que sou. Habito, assim como você,  cidades destruídas, e a ilusão de um sol para todos enche minha utopia de esperanças. O caminho revigora-se ao momento em que dou mais um passo adiante. Piso na possa d’água em que me vejo rapidamente refletido e minha imagem se desfaz como se desfizesse em um espelho quebrado. Assim percebo que não sou inteiro, sou partícula e fragmento, às vezes montado, às vezes disperso, e minha imagem é costurada dia após dia, nessa feitura em que me estilhaço e me refaço ao tempo de ritmar meus passos. A poça d’água volta a ser inteira, desta vez sem minha imagem. Taciturno, dou outro passo enquanto a chuva insiste em cair, leve, porém estrondosa e sem intervalo, inundando ruas, pensamentos e a minha solidão. Os cães me cheiram o rastro acompanhando meus passos, esses amigos olfatórios, vagabundos e cheios de histórias abandonadas no tempo. Como eu, são os cães, vadios e cheios de instinto, olfatos apurados em busca da vida que, tardia, não tarda em passar. Debaixo de uma marquise esquecida paro para descasar, olho em volta, o mundo está vazio. Os cães me cercam como lobos. Seus olhos me dizem: ‘Seja o chefe da matilha!’. Abandono minhas memórias, e junto aos cães saio à caça.


* também publicado no jornal Folha do Bairro, 27/06...



Leituras do Cotidiano, 27/06


Lula, Dilma, PT e o ‘capitalismo social’ contemporâneo

O capitalismo é um modo de produção que se tornou, de certa forma, um modo de vida, quando integrou na cultura e educação seu modus operandi. Historicamente, podemos falar nele começando com os burgos ainda na Idade Média europeia, vilas onde o comércio se intensificava. Depois, tivemos Lutero e sua contestação aos dogmas da Igreja Católica, no nascente protestantismo que tolerava o lucro pessoal, ao contrário do catolicismo vigente da época. Deu-se o renascimento e seu humanismo, o futuro do cientificismo, do racionalismo e de um individualismo que valorizava o feito humano, separando ele de Deus. Logo após, ou junto a essa ‘passagem’ de épocas, vieram às ideias iluministas e seu liberalismo, que alimentaram ainda mais esse ‘eu’ e sua forma própria e pessoal de ser e estar, mas que também influenciou o que ficou conhecido como ‘pensamento social’, tendo correntes como o socialismo utópico, o anarquismo, o socialismo científico, o comunismo, entre outros. Deu-se a Independência dos Estados Unidos da América e em seguida a Revolução Francesa, dois momentos que transformaram o mundo, sob tudo ocidental, elevando as ideias iluministas ao topo do pensamento. Depois, tudo se materializa firmemente com a Revolução Industrial na Inglaterra. Adentramos no mundo contemporâneo com a crença na ciência como algo ‘inquestionável’ e com as características essenciais do modelo fabril de produção e de vida (cultura), onde a fragmentação dada pela divisão do trabalho e das ‘especializações’ científicas cunham os valores mais efetivos e cotidianos dessa sociedade. Nisso, o capitalismo ‘original’ sofre alterações, sendo um dos sistemas produtivos, políticos e de vida, dos mais dinâmicos que já existiram, senão o mais. Absorvendo conceitos e ‘se utilizando’ de concepções como as de democracia e liberdade, o capitalismo se faz ‘camaleão’. Várias formas de vida e pensamento se adaptam a ele. Tanto que, na França, vigora uma tal de ‘social democracia’, um tipo de ‘socialismo capitalista’, ou seja, que tem forte presença do Estado, mas que dá liberdade ampla as ações do setor privado (principal elemento do capitalismo), e que acaba influenciando outros Estados pelo mundo. O Brasil, neste contexto, hoje, mais do antes, vive seu esplendor no liberalismo econômico com pitadas de intervenção socialista de Estado, o que podemos chamar de ‘capitalismo social’, ou seja, um modo capitalista de Estado que tem vistas para o social, para além da produção industrial, muito semelhante a ‘social democracia francesa’. Dentro disso, dois presidentes foram fundamentais neste contexto, são eles, Lula e Dilma, do PT (e seus aliados). Não fazem mais do que 12 anos que ‘nosso capitalismo’ avançou a nível socioeconômico, sendo antes ‘neoliberal’ e ‘conservador’, ou seja, mais intolerante com o social do que hoje. Muitos enlouquecidos divagando pelo mundo da comunicação, dizem que o comunismo vai tomar conta do país. Deixo-os tranquilos quanto a isso. Nunca fomos tão bem estruturados no modo de produção capitalista quanto hoje, já que saltamos estando entre as 10 maiores economias capitalistas do mundo. Mas, além disso, nosso fator social, nunca foi tão assistido  também, com seus projetos: bolsas, cotas e afins, para a sobrevivência de alguns e a indignação de outros. Portanto, estamos na ‘nossa melhor fase histórica’ desse ‘nosso capitalismo’ que hoje, exclui um pouco menos. Bem ou mal, gostemos ou não. Quando digo isso, me refiro ‘de uma maneira geral’ e não ‘relativa’, ou seja, falo em números e de forma ‘genérica’. Mas homens não são números. E assim sendo, nosso ‘capitalismo social’, talvez, por ser ‘social’ e não apenas ‘econômico’, seja o mais avançado possível, dentro dessa ‘nossa história’ tão excludente e seletiva. Talvez! E a acusação de um país ‘atualmente’ deplorável não passa de cisma, mágoa ou interesse, apontada pelos privilegiados que ainda existem, infelizmente! Não esperemos muito deste algo que chamamos ‘sistema capitalista’ amigos! Sejamos razoáveis! Dos ‘capitalismos’, esse ‘nosso’, não é dos piores. Mas que isso não seja motivo para conformidade, muito pelo contrário, para que possamos pensar e agir dentro dele, para ‘além do bem e do mal’, dos discursos e disputas ideológicas que também o tornam a ser.


* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó...



sexta-feira, 20 de junho de 2014

Eu, um mediano...

Acabo de ganhar mais um título, o de ‘pensador e escritor mediano’. O elogio veio de um ‘fã não assumido’, para engordar meu currículo ‘Lattes’ (um cão que às vezes, além de latir, também morde - cuidado!). Que orgulho! O cara me titula de ‘pensador e escritor mediano’ mas diz que não lê minhas ‘baboseiras’. Como assim?! Impressiona-me essa ‘capacidade’ de ‘saber sobre’ sem ter contato com o conteúdo! E eu que nem chego a tanto (me autoconsiderar ‘pensador ou escritor pequeno’, quem dirá ‘mediano’?!). Mas há quem assim me considere, vejam só! E quem sou eu para dizer que não?! Se um ‘fã não assumido’ assim me considera, quem dirá meus ‘admiradores’ declarados! (incrivelmente tenho alguns). Mas a questão não é a classificação ou categoria cronológica ou burocrática do ‘pensador’ e seu pensamento, mas sim o ‘pensar por si próprio’. Assim como, ‘saber que penso’ é um tanto óbvio, então a questão é ‘saber o que e como penso’.  Mas este é um tema mais profundo que não cabe numa ‘crônica mediana’ como esta, escrita por um ‘pensador e escritor mediano’ como eu. No fim das contas - justiça seja feita! - estou coerente à minha própria altura, que não passa de um metro e sessenta e cinco.  


* também publicado no jornal Folha do Bairro, 20/06



Leituras do Cotidiano, 20/06

As ações geralmente refletem a cultura, a educação e o caráter...

1. Um vídeo da Copa viralmente compartilhado no facebook, onde parcela significativa do público da ‘ala vip’ do estádio, na estreia da seleção brasileira, manda a presidenta ‘tomar no C...’, demonstrando a 'inducação', incoerência e arrogância de uma 'elite' brasileira que pagou em torno de 900 r
éis para ver o jogo e fazer este ‘papelão’, o de mostrar toda sua 'inducação' ao mundo. Por isso é que as coisas são como são, merecidamente medíocres, infelizmente! 

2. Os caras pagam uma grana preta pra ver futebol nos estádios, prestigiar e alimentar o ‘espetáculo’ que eles mesmos alimentam, fazendo parte daquilo que dizem desprezar. Depois demonstram uma educação pra lá de arrogante e estúpida, confortáveis e de barriga cheia. Contradição? 'Capaz!' (que não). E tem quem compartilhe e apoie, achando isso bonito ou digno. Por isso é que as coisas são como são, mediocremente incoerentes, infelizmente!

















Da abertura...

Cantoras e cantores midiáticos fabricadas/os por produtores na abertura da Copa empobrecem o que poderia ter sido um belo show. Um espetáculo que reforça a parte medíocre da nossa cultura. Não fosse o desfile de algumas manifestações culturais regionais mais típicas, a abertura seria totalmente indigesta pra mim pelo menos, que não trato as expressões artísticas como se fossem meras figurações decorativas.


Aos estereotipados de toda ordem...

Entre eles, 'roqueiros' que envelheceram (não só fisicamente falando, mas nas ideias e criações), pararam no tempo e giram em círculos, viraram conservadores e medíocres reprodutores de mesquinharias. Absorsores de frases filosóficas que as usam porque é moda fazê-lo, distorcendo e mal tratando o filósofo e sua filosofia. 'Amantes' ou 'protetores' dos animais (cã
es e gatos), que se comovem ao ver um animalzinho cambaleando no frio das ruas, mas secam, endurecem e não pestanejam, fingindo muitas vezes, não ver outro ser humano nessa mesma condição deplorável, etc. Vocês são tão conscientes que, se comparados a um papagaio, também falam e falam. Melhor, reproduzem, já que papagaio fala, pois reproduz a fala humana, e não que ele pense ou saiba sobre o que está falando.


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"A experimentação de algo que dura pelo tempo de toda nossa vida não significa sua posse; significa estar de maneira nova a cada tempo desta infinitude." (Jiddu Krishnamurti)



* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó...



sexta-feira, 13 de junho de 2014

Uma nação, um discurso

Ano de Copa do Mundo de futebol no Brasil, e as ruas que outrora eram enfeitadas já não são tanto. O comércio e as escolas que ostentavam seu ‘espírito patriótico’ de brasilidade, desta vez já não o fazem como fora num passado não tão distante. Nunca fui afoito pelo futebol, sob tudo, neste formato ‘espetacular midiático’, mas penso que, desta vez, é a vez que mais teríamos motivos para essa festa esportiva. O Brasil vive, historicamente falando, seu melhor momento socioeconômico. Então, qual é o motivo dessa timidez toda? Ouço por aí falarem que ‘é por causa da corrupção!’. Mas, e no passado, quando a corrupção também existia, tanto quanto hoje, com uma diferença, não era investigada, nem tampouco falada, denunciada, punida? O que houve? ‘O gigante acordou?’ Que sono, eim?! A contradição é uma das nossas maiores características enquanto ‘nação’. Se antes éramos eufóricos quanto a Copa, hoje somos tímidos. Em Xapecó se comemora com euforia a chapecoense na série A, seja na ‘arena Condá’ ou nas ruas. Vai ver que é porque ‘aqui não tem corrupção’, né? Pra onde foi parar nosso ‘espírito patriótico’? Talvez ele nunca tenha existido e não tenha passado de discurso. Uma nação não se faz só de discurso ou torcida, se faz na prática, no dia a dia, começando pelo nosso pátio, rua, bairro e cidade...


* também publicado no jornal Follha do Bairro, Sexta-Feira 13.



quinta-feira, 12 de junho de 2014

Leituras do Cotidiano, 13/06


A Copa e o espírito patriótico


Saio pelas ruas da cidade na semana em que começa a Copa do Mundo de futebol. Um diferencial: este ano a Copa é no Brasil, o ‘país do futebol’. Impressão minha ou o ‘espírito nacional-festivo-decorativo’ do comércio está mais tímido do que das outras vezes? Não sou contra a Copa. E nem a favor. Aliás, nunca fui. Não caio de amores por futebol, ainda mais quando ele serve ao espetáculo midiático cotidiano. Sempre fui um tanto crítico quanto a isso, e não é agora que deixarei de sê-lo. Porém, quanta estupidez estou vendo, justamente neste ano em que a Copa é no Brasil. Para quem assiste, torce e gosta de futebol, sob tudo pela televisão, ou seja, grande parte da população, hoje seria, talvez, o melhor momento para essa ‘euforia patriótica’. Mas está acontecendo um pouco o contrário. Anos passados, escolas e comércio, tudo muito enfeitado para a Copa. Mas este ano, sendo a Copa no Brasil, pela ‘lógica’, esse ‘espírito nacional’ deveria estar ainda mais forte. Mesmo não sendo entusiasta do futebol, penso que, hoje teríamos os maiores motivos para uma ‘euforia patriótica’, pois vivemos nosso melhor momento socioeconômico, historicamente falando, além de termos na pauta do dia um debate que anos atrás era ‘ignorado’, o da corrupção. Aliás, nunca se investigou tanto, se prendeu e puniu tanto a corrupção no país como hoje, sendo que ela sempre existiu.  Se hoje ela não fosse visível (como já não foi um dia), certamente as ruas da cidade estariam bem mais ornamentadas para a Copa, assim como o ‘espírito patriótico’ do comércio e da população em geral. Em se tratando de corrupção, não que hoje seja uma ‘maravilha’, mas cá entre nós, os corruptos e a corrupção sempre estiveram por aí, a diferença é que hoje se está acontecendo alguma coisa, porque algo se está 'movendo' e não apenas sendo encobertado como já fora num passado não tão distante. ‘Muito’ (e não ‘tudo’) do que se reluta em relação a Copa, é devido a falta desse discernimento. Infelizmente, isso comprova que, devido a essa ingenuidade (ou estupidez?), a contradição de uma sociedade permeada pela falta de bom senso e percepção histórico-social, a torna o que é. Ou seja, uma sociedade onde se discursa contra a corrupção, em defesa de uma suposta pátria ou nação, que, cá entre nós, dada a essa contradição, até se desconfia de que ela nem sequer exista...


Das incoerências futebolísticas...

Torce euforicamente para a chapecoense (sob tudo no modismo da série A), mas não vai torcer para a seleção brasileira por motivos 'pretextuais' de corrupção. Acontece que, 'aqui não há corrupção, não é?', ou 'a corrupção dos outros não é a nossa', assim por diante. 'Baita coerência!' Você é uma 'pessoa mui digna'... de pastar junto a todo o gado...

Morre um 'personagem real' das ruas de Xapecó...

Não era de família nobre ou tradicional. Não tinha descendência de coronel nem sangue azul nas veias. Apenas mais um personagem real das ruas de Xapecó, como tantos. 'Invisível' para muitos, visto e estimado por alguns. Nenhuma rua ganhará seu nome, nem tampouco um busto seu será erguido na praça central. Nesta segunda-feira fria de outono, encontrado no banheiro do terminal urbano morto, mais um morador de rua, filho de Xapecó...












·         Em memória de Jocemar Moraes, o ‘cavalinho’.



* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó, Sexta-Feira 13...



sexta-feira, 6 de junho de 2014

A vida, uma brisa! Às vezes, um vendaval...


Vivo bem com o pomar e a horta que tenho atrás de casa. Vivo bem com a biblioteca e os livros que conservo nela. Com meus discos de vinil, CD’s e fitas K7’s. Vivo bem com meus filmes e meus DVD’s de música. Com meus cães e minha companheira. Com meus amigos e amigas. Com minha guitarra, meu baixo, minhas bandas ou as bandas de que faço parte. Vivo bem com minha pequena família por perto, com minhas adoráveis alunas e alunos. Com minha filosofia, minha sociologia, minha história, meu Kung Fu, minha fotografia, minhas linguagens. Vivo bem com minhas escritas e leituras, meu olfato e paladar, e até com a mediana audição que tenho. Com minha função política. Vivo deliciosamente bem com a arte diária da culinária que não é minha, mas da qual me alimento com muito prazer. Vivo bem com meu vinho, minha cerveja e meu rum. Com meu charuto e minhas embriaguezes aleatórias. Vivo bem com os aromas e sabores que tanto gosto. Não fosse minha alergia cruel e algumas calamidades mundanas que me afligem, poderia dizer que nasci para este mundo, assim como nasci para esta vida. E a vida não é um ideal paradisíaco – graças a Dionísio e Exu! Por isso ela não é chata e um tanto mais suportável de se estar...


* também publicado no jornal Folha do Bairro, 06/06.



Leituras do Cotidiano, 06/06

#Vai ter eleição, e...

‘De já hoje’, como diria meu velho avô caboclo, já me ‘preguntaram’: - ‘E agora Herman, como vai ficar seu partido? E suas convicções?’ (Referindo-se ao ‘suposto’ acordo entre PCdoB e PSD ao pleito eleitoral próximo). Em primeiro lugar: se alguém sabe do ‘meu partido’, por favor, me avise, pois ‘eu’ não sei. Ou seja, “não sou filiado!” Não que eu tenha algo contra isso, mas também não sou desses ‘puritano-idealistas apartidários’ que acha que ‘tudo é igual’ ou a ‘mesma coisa’. Só não sou filiado, ponto. E até onde sei, isso não é uma doença. Em segundo lugar: ‘minhas convicções?’ E eu lá as tenho? Posso ter, mas falemos em ‘alguns princípios’, pois certezas e convicções são o que eu menos tenho. É fácil saber que tenho certa ligação com ‘parte ínfima da esquerda partidária’, e é só o que posso afirmar aos curiosos, além de ‘parte’ de minha ‘base teórica’ enquanto ‘cientista’ (professor) que vem de pensadores como Marx, por exemplo, sob tudo, ao que concerne ao estudo da sociologia (relações de poder, etc.). O mais na minha vida política é ‘inconclusão’ e ‘movimento’...

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Não sou jornalista, mas hoje, darei uma de... Ou seja, farei como alguns jornalistas de tirinhas, mas com meu velho espírito sarcástico e meu corpo incorporado por Exu ou algum pândego sociológico. Bons sonhos – ou pesadelos!

Saiu no DI: (...) “Confirmada a aliança do PCdoB com o projeto do governador Raimundo Colombo (PSD)” (...) – Mas Colombo e o PSD têm por acaso algum projeto de governo?

Resposta do PCdoB local: Em nota pública, assinada pela presidenta municipal do partido, Zilda Martins de Quadros, o título anuncia: “PCdoB de Chapecó diz NÃO ao Colombo” – e alguns respiram aliviados. Mas, e quanto à direção estadual e nacional do partido? Fiquei curioso!

Governismo...

Independente disso tudo, que o governismo hoje é fato, mais do que nunca, creio, isso é! O PSD, antiga Arena (partido da ditadura militar), depois PFL e DEM (Democratas), que ainda existe (PSD é uma ‘dissidência’), e me parece que foi criado pra isso, ou seja, entrar debaixo das asas do governo federal, que se tornou uma ‘mãezona’, onde esquerda, direita e centro, convivem. O poder constituído para a governabilidade, independente do resto. Isso dá um baita funk: de ‘proibidão’ para ‘misturadão’.

É, sai de baixo que isso é política institucional-partidária meu povo! 
‘Aliláis...’: #vaitereleição #vaitercopa #vaiterorgia

Conclusão: Que venha logo a Reforma Política!



* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó.