sexta-feira, 30 de março de 2012

Vamos falar de coisas mais elementares...

& por falar em Waters...



* Amigos reunidos soltando seu Grito no Beira Rio num momento histórico..


"É A FORÇA DO GRITO!" .. belíssimo texto de Roberto Panarotto sobre a 'celebração' que foi o show/espetáculo The Wall de Roger Waters em POA.. relacionei diretamente com o Grito Rock quando li, no sentido da possibilidade real de derrubar 'muros', além da 'vã filosofia' conformista.. enfim.. confiram:


yá!



Só chutando cachorro morto mesmo... Pois os vivos mordem!






















Presta atenção e vê se aprende... 2X2 nem sempre é 4!


O Sr. u.C. de ‘tão foda que é’ (ou acha que é – tanto é - ou não é, que bota, ou acha que bota - ‘os outros’ a lamber poeira, coitado!) precisou fazer a ‘parte II’ do seu medonho texto ‘opinativo’ dos seus ditos ‘filosóficos’ para não se sentir derrotado, já que a auto-conveniência parece seu único conforto. Só ‘esqueceu’ de um ‘detalhezinho’ fundamental: para uma opinião ter certo valor, certa consideração de ser, precisa, no mínimo, ter certa fundamentação, caso contrário não passa de falácia, discurso, sensacionalismo, demagogia, hipocrisia, engodo. Existe uma coisa que se chama ‘argumento’, e este, inclusive e/ou principalmente na área do pensamento (ou filosofia), precisa ter um mínimo de elaboração baseado em certa análise da ‘realidade’ e não do ‘achismo’ meramente discursivo (e é por isso - e não por aquilo! - que alguns SÃO pseudo-filósofos, e não ‘apenas’ chamados assim).  O Sr. u.C.  se contradiz (de novo?) quando quer que pensem que não se importa e que publicar algo em um blog ou aonde for, é simplesmente ‘opinião’ (ta, conta outra!). Assim acha que todo mundo é besta: ‘Ah! Não leio, não comento blogs alheios, e blá-blá-blá!’. Decerto o Sr. u.C. tem ‘espiões’ que fazem isso por ele, já que sabe tudo o que se passa na paragem de cá, só pode! Ou é como um deus: onipresente (risos). Enfim. Vejam abaixo o quão ‘foda’ é o Sr. u.C., conforme suas próprias palavras publicadas no seu blog ‘filosófico’:

“Fazia muito tempo que observava com certa ira um grupinho ridículo e que não conseguiria debater uma ideia comigo por 60 segundos até que eu os botasse a lamber poeira no chão. Mais fácil é lutar por um mundo melhor no quintal da casa do papai – provável, mas não invejável, como ele quer que poucos desavisados acreditem! Fui observa-los bem de perto e por isso sei bem como e por qual motivo defendem o que defendem. Mas um “fuminho” a mais ou a menos e eles já mudam de ideia – mais rápido do que vira o vento!”

É, parece que numa única e breve visitinha na minha casa um dia, o Sr. u.C. conseguiu saber TUDO sobre mim, a Liza e nosso meio (leia-se ‘Fui observá-los’ – plural). Agora, além de filósofo também posa de psicólogo – que tal?! Uma das coisas que caracteriza um pré-conceituoso e um medíocre determinista, é achar que é assim, tão fácil saber do ‘outro’.  E se nessa escrita (mal elaborada por sinal), o dito cujo se refere ao grupo (‘grupinho’) do Entrevero, acaba novamente caindo no seu determinismo, por generalizar colocando TODOS no mesmo espaço, sendo que, o que existe é a peculiaridade característica de cada um. Pensei: Se o Sr. u.C. achar conveniente e não se borrar nas calças, até proponho, quem sabe, um ‘diálogo-debate’, coisa leve, sobre isso tudo, aí veremos quem muda de idéia “mais rápido do que vira o vento!”, já que o dito cujo adora subestimar o conhecimento alheio e usar isso de forma tão leviana para detratar o ‘trabalho’ também alheio. Quem sabe assim, essa ‘putaria’ acabe (o problema é saco para debater com quem é tão burocrático, mesquinho e evasivo em suas considerações – característica de muitos religiosos e intelectualóides do fundamentalismo pseudo-filosófico).

O Sr. u.C. continua a vomitar assim:

“(...) e pode confiar, não tenho necessidade alguma de comentar em blogs alheios – por que faria isso se posso escrever aqui o que quiser? Nunca precisei ocultar nada do que penso, sempre tive força suficiente para colocar qualquer jornalista pançudo ou historiador com mal hálito no seu devido lugar!)”

Porque se justificar dessa maneira, tchê? Com tanto simplismo? Nem parece um ‘graaaande filósofo’ da nossa filosofia chapecúina? Que lorota! (conta outra que essa foi horrível!).

Prossegue:

“(...) francamente, quero que façam milhões de festivais de 300 pessoas – dado que me informaram com base em sócios do camping. E digam que tinha 300 mil pessoas! Ora, há essa tendência adolescente de exagerar em tudo! Mais francamente ainda – nossa como sou uma pessoa franca e sincera! – quero que explodam!”

No camping, pra sua informação Sr. u.C., já que carece muito dela, se tivesse, era duas ou três famílias acampadas naquela noite. O mais, era público do evento – foi a organização que contou os ingressos vendidos e pessoal que circulou no local – e acredite ou não (para o seu conforto ou desespero, foram no mínimo 700 pessoas! ok? Se informa melhor aí bicho! Ou contrate melhores ‘espiões’, pois os seus estão te ludibriando. Se ‘explodirmos’ como desejou meu caro, você também não vai gostar e, certamente, irá dar mais um vômito em forma de texto para dizer: ‘Ah! Eles explodiram! E foi mais forte do que um Grito! Estão querendo aparecer e blá-blá-blá...’. Jovens, às vezes exageram muito, isso é. Mas é preferível o exagero jovem do que o desgosto, apatia, mesquinharia, mediocridade e rancorosidade de certos velhos que vivem a lamuriar por detrás das suas quatro paredes, na pseudo-segurança do MURO (leia-se The Wall – yé!). Como está publicado num certo livro de poemas de um escritor colombiano (Efraim Medina Reyes), que eu mesmo te apresentei, lembra? (e que você disse que foi por isso que começou a escrever) – e que diz assim: ‘No fim das contas penso que a única coisa que justifica construir uma parede é derrubá-la algum dia’. Péssimo leitor você foi dar. É, infelizmente, uma boa leitura não faz um bom leitor (vitória do chavão bíblico: ‘Não jogue pérolas aos porcos’) – neste caso: “O livro é um espelho: se um asno o contempla, não se pode esperar que reflita um apóstolo”. (C. G. Lichtenberg).

Sr. u.C. na sua ‘parte II’, insiste em dizer que o Grito é meu, subestimando (ou chamando de trouxas) os demais envolvidos que fizeram o evento acontecer, e terminha com a mesma bestialidade individualista e mesquinha de sempre, com pitadas de dor de cotovelo (é claro, sua banda não soltou nenhum Grito):

“Nem imagino a força do atraque traseiro que o sr. N. recebeu para que o grito dele tenha ecoado até Porto Alegre!” 

Obs.: & valeu a pena cada centavo, cada esforço e suor gasto, tanto no Grito como no Waters. Bem, só sabe disso quem esteve realmente por lá. Tudo resultado de algo que se chama 'trabalho', num conceito mais amplo do palavra.

Para finalizar meu ‘despacho’ aqui (pois agora Exu vai jantar mondongo com rúcula e beber vinho tinto e fumar um charuto dominicano ouvindo um velho samba de Rui Maurity), já que o Sr. u.C. teve a infelicidade de citar Nietzsche naquilo que não passa de um vômito, termino minhas linhas com o próprio:

“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”. (Friedrich Nietzsche).

Yá!

Herman ou Niko.



segunda-feira, 26 de março de 2012

Quanto ao Grito e aqueles que, por não ter voz, só resmungam...

The Wall, obra histórica de Roger Waters & Pink Floyd também é um Grito!


O 'Sr. ridículo' volta ao ataque no seu blog, deixando mais evidentes ainda as suas dores.

Um caso de tratamento psicológico quem sabe, para tentar curar alguma frustração, algum trauma de infância, impotência ou algo do tipo. Vou me utilizar de algumas citações do próprio u.C.. Assim começa o texto do 'crítico-pseudofilósofo': "......SALDO POSITIVO é o novo termo que estão usando agora quando uma sede que recebe Cinco mil pessoas por fim de semana (no camping) recebe menos de um quinto disso? (...) (modéstia parte) tomara que eu não atinja um saldo positivo desses!" (se referindo ao número de presentes aproximados do Grito Rock Chapecó, que chegou a mais de 700 pessoas). Positivo SIM! Parece que o Sr. 'u.C.' (ursinho criminoso) ao invés de r.A. (vamos assim chamá-lo para poupá-lo de mais redicularizações que o mesmo já sofre), não vive na realidade sócio-cultural de Xapecó e região, achando que é simples e fácil fazer um evento independente com mínimos recursos, vinculando a produção própria e independente local-regional - e parece que também é sócio do clube em questão, já que 'sabe' ou acha que sabe (ou apenas chutou para engordar seu discurso) do número de pessoas que passam seus finais de semana acampados no local. Continuando, o Sr. 'u.C.' ainda vomita: "...... Não sinto muito por achar isso uma bobagem! E se me desse ao luxo de pensar que um grande grupo de jovens com roupas de marca, tênis importados e carrinhos do papai – sem falar nos equipamentos importados e hiperindustrializados dos músicos – estão fazendo alguma crítica contra a indústria cultural ou sociedade de consumo e mais blábláblá". Isso soa como uma dor de cotovelo, uma inveja, por talvez sua banda (ainda existe?), não ter sido convidada e/ou escolhida para tocar, e/ou por não poder ter esses 'objetos de consumo' que tanto critíca acima (instrumentos musicais não são apenas efêmeros 'objetos de consumo', quem toca e tem consciência disso, do que está fazendo, sabe que, antes disso, são bons 'investimentos' úteis à musicalidade), portanto, este 'argumento' simplista, da forma que foi posto no texto do Sr. u.C., não passa de falácia e/ou discurso na tentativa de desprestigiar algo. O Sr. u.C., levado por um ímpeto de rancor e palavras desmedidas, acaba por generalizar o público de rock da cidade e região que se fez presente no Grito (além de todos os envolvidos: pessoal da capoeira, do teatro, entre outros artistas), inclusive, pessoas do seu meio, ou que, pelo menos são seus 'amigos' (?) e que, diga-se de passagem, estavam por lá também. Com suas dores em forma de palavras, o Sr. u.C. continua: "Seriam mais verdadeiros se dissessem: Fizemos isso para fumar maconha escondido dos nossos pais e nos divertir". - ainda se referindo aos organizadores (TODOS que fizeram parte do Grito: bandas reunidas no coletivo Entrevero) e o próprio público. Aqui o Sr. u.C. demonstra o quanto mesquinho é o seu preconceito. Se algum adolescente e/ou jovem foi para o Grito pra isso mesmo, e daí? 'Viva a diversão!'. Decerto o Sr. u.C., quando adolescente, ficava confinado em alguma igreja para adquirir essa ira contra os que buscam outras maneiras de se 'libertar' dos muros (leia-se The Wall - yé!) criados pela sociedade e própria família. Algo muito comum nessa idade, não é? Não sei o porque do espanto do Sr. 'filósofo' quanto a isso! Ao invés de se divertir também. Mas parece que prefere o confinamento das dores interiores. 'Liberte-se aí bicho! Experimente mais! Ouse mais! Saia do confinamento das quatro paredes! E reclame menos... A vida está além dessas falácias recalcadas'. Tem muito 'jovenzinho' de tenizinho importado e instrumento caro com muito mais teor artístico, crítico e filosófico do que pretendentes a filósofo ou o que for. As mesquinharias e iras do Sr. u.C. prosseguem: "......Me assusta que neste momento nem se quer consigo sentir pena em relação a tamanha enganação (para não dizer ficção ...). Pelo visto tenho me tornado um insensível para com as vergonhas alheias!" - para ele, o Grito foi uma enganação, uma ficção vergonhosa - e uma vergonha para os que dele participaram e fizeram-no acontecer por aqui (mas não bicho, foi realidade, você gostando ou não). O público e as bandas que o digam. Sua opinião não reproduz o que aconteceu, nem de perto. Tamanha contradição para quem no final cita: "(Aposto cinquentinha que encontro esse mesmo grupo revolucionário no Quartanejo de uma conhecida casa Chapecoína! Alguém duvida?)". No fim do seu devaneio, o Sr. u.C. ainda se reafirma dentro da sua própria verdade, aquela que ele criou para si, dentro do seu pequeno e medíocre mundo. E existem histórias e histórias. E essa, quem foi sabe, além da utopia (enquanto vontade de transformação), foi realidade. Para encerrar Sr. u.C., sua citação de Cioran acaba por lhe constranger. Toda boa narrativa, além do fato (no caso da história), tem um pouco de utopia, e isso é necessário para a criatividade e alcance de qualquer feito ou idéia. Portanto, Sr. u.C. contenha-se em escrever de coisas que por hora entenda. Enfim... Vamos adiante, pois enquanto alguns vomitam suas frustrações e mágoas na blogsfera, por serem impotentes na ação, nós precisamos nos reestabelecer da viagem que acabamos de voltar (leia-se espetáculo-celebração The Wall de Roger Waters). Voltamos ainda mais afinados e fortalecidos com essa superdose de vontade de criação que foi o show.

E o 'nosso Grito' também ecoou em POA, no meio alternativo-independente, quando na fila de espera para o show, algumas pessoas vinham nos comprimentar e falar do Grito. Portanto, não adianta, o Sr. u.C., precisa melhorar seu foco, sua visão (que cá entre nós, é embaçada). O conhecimento não se ganha em discursos e falácias - fato! Mas sim, se constrói, na ação, no contato, nas experiências, além das teorias e do discurso. E nós (isso nos mostrou aquele magnífico momento), estamos em constante aprendizado e (des)construção.

...é, não vai atingir um 'saldo positivo' mesmo! Desse jeito, nunca!

'Agulhas nos seus próprios olhos!' - yá!


hgs.

O ‘maior espetáculo da terra!’ – Uma celebração!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não há palavras, mas vou tentar traduzir um pouco, talvez o mínimo do que foi aquilo que vi-ouvi no domingo à noite em Porto Alegre (e não só eu. Foram 6 ônibus e alguns micro-ônibus e algumas vãs que saíram aqui de Xapecó e da região). Aproximadamente 80 mil pessoas puderam ou tiveram o privilégio de poder ver aquilo. Se disser que foi uma apresentação, um show, um espetáculo, estarei mentindo. Por não ter um termo mais adequado (quem saiba ele nem exista), vou chamar aquilo de ‘celebração’. Isso mesmo, foi uma celebração da música e da imagem, da arte áudio-visual. Não foi por nada que este show foi chamado de ‘o maior espetáculo da terra’. Roger Waters é mesmo um dos gênios vivos da música mundial, assim como Pink Floyd foi (e é) uma das maiores bandas de todos os tempos. Chegamos a Porto Alegre depois do meio-dia. Foram quase 8 horas de estrada num ônibus muito confortável. Viagem tranqüila. Durante anos a fio eu e Liza fomos até POA participar do FSM (Fórum Social Mundial) e das Bienais de Arte do Mercosul, e já fazia um tempo que não íamos. Saudades daquela cidade que gosto tanto. Já passei noites em claro naquele caos urbano da capital gaúcha, sentindo a vida e o perigo urbano de perto. Mas essa é outra história. Chegamos direto para o almoço no shopping Praia de Belas, pertinho do rio Guaíba. Confesso que o shopping não é um bom lugar para almoçar. Demora no atendimento e a comida veio fria. Mas o chope, o bate-papo e as companhias salvaram aquele momento. Depois de um tempinho sentados na grama de uma praça pra esticar um pouco, caminhamos rumo ao estádio Beira Rio. Entre uma cerveja e outra (polar, muita polar, dado beer e Heineken – eita!), entre um bate papo e outro, se passaram umas 4 horas - e nós na fila. Uma multidão se dirigia aos portões que se abriram depois das 17h. Sofrimento? Que nada! Cerveja gelada e boas companhias fazem o tempo ser mesmo relativo. Curtimos cada momento, ainda mais sabendo pra onde estávamos indo. Gente de toda a idade se aglomerava naquela caminhada lenta para dentro do estádio. Entramos. Lá estava aquele muro de aproximadamente 140 metros de comprimento e alguns tantos de altura (creio eu) – era enorme! Aquele palco gigantesco e com uma estrutura que eu nunca havia visto antes. Duas enormes torres de projeção direcionadas para o muro. Enquanto o espetáculo não começava, do outro lado uma banda local tocava (muito boa por sinal), era a Bluegrass, que fazia um country-folk na linha mais tradicional. Ficamos um tempo sentados na grama ouvindo a banda e bicando uma cervejinha. O estádio começou a lotar e fomos tomar nosso espaço antes que fosse tarde. Conseguimos um bom lugar no meio das duas torres de projeção. Mais alguns minutos e as luzes se apagaram, a escuridão tomou conta do estádio lotado e os gritos e aplausos se fizeram ouvir. Luzes leves se acenderam no palco e com um estouro muito alto começou o ‘maior espetáculo da terra’. Um clima de ‘revolução’ iniciou o espetáculo, com bandeiras tremulando e símbolos projetados no muro. No final da primeira música ‘In the Flash?’, um avião que veio pelo nosso lado direito, vai e se choca no muro. Se houve uma explosão. O disco The Wall, se não me equivoco, foi tocado de cabo a rabo. Som e imagem como nunca havia visto antes. Falo de qualidade senhores e senhoras, qualidade! Falo de exuberância e grandiosidade. Se ‘não existe mesmo perfeição’, este foi o show deixou essa afirmação em dúvida. Projeção no muro inteiro. A banda tocando no palco que ficava na parte inferior do muro (e que banda!). O espetáculo foi dividido em dois atos ou partes de, mais ou menos, uma hora cada. E a história foi contada. Desde a Segunda Guerra Mundial, passando pela Guerra Fria e a ‘queda’ dos regimes totalitários e por fim a ascensão do capitalismo moderno-contemporâneo (o que foi o maior alvo de crítica do show). Um porco (ou javali) enorme foi lançado acima do público com símbolos e frases de efeito. Alguma frases em língua portuguesa, como: “se o campo não planta a cidade não janta”, estavam escritas no porco. No muro, também foram projetadas algumas frases em português. Waters falou um pouco com o público em português, tecendo até uma crítica ao ‘Terrorismo de Estado’, quando as imagens no muro davam conta disso. Imagens de guerras e ataques do ocidente contra o oriente, muito atuais, mesclavam-se com mensagens anti-consumismo e anti-guerra. Símbolos de poder a todo momento eram trazidos a tona, sempre duramente criticados de forma artística e estética, com certo sarcasmo e ironia. Até aquela imagem divulgada pelo site WikiLeaks de Julian Assenge, denunciando um ataque aéreo do exército norte americano a civis no Iraque foi projetada no muro. Uma homenagem ao brasileiro morto ‘por engano’ na Inglaterra à alguns anos atrás também foi feita por Waters. Tudo isso e muito mais foi possível se ver/perceber e sentir durante esse ‘feito’. Com certeza uma aula de história e sociologia, tendo como linguagem a música e a poética e o realismo e beleza e pujança das imagens. Tudo muito bem sincronizado e preparado para possibilitar efeitos e leituras. As referências também ficaram visíveis para os que conhecem e relacionam obras e criação. O escritor George Orwell e suas obras: ‘1984’ e ‘A revolução dos bichos’, assim como o artista plástico Banksy, entre outras, certamente, foram referências para a construção e concepção do espetáculo. Acabado o concerto da ‘maior ópera rock da história’, com muitos agradecimentos por parte de Roger Waters e sua equipe de músicos e produtores, nos dirigimos a saída do estádio. Tudo transcorreu bem, e o comentário era um só por parte de todo aquele povo que se reunião para tomar uma superdose de música, arte, cultura, história e crítica social: ‘Sem palavras!’. Sem exageros, mas isso tudo o que escrevi aqui, não chega nem perto do que pude presenciar. E o mundo continua a valer a pena, e eu alimentado de vontade criativa e de luta - mais ainda, depois disso. Ouvidos, razão e alma contemplados, agora é refazer o mundo, alimentado com essa ‘celebração’ a arte e a vida. Eu que já era exigente (ou chato) em relação as minhas escolhas, ao meu gosto, aos meus critérios quanto a arte de um modo geral, com isso, me tornei ainda mais. Enfim... Obrigado Roger Waters e The Wall!


Herman G. Silvani (ou Niko).


















* Vídeo/Abertura do Show em POA:





Mais informações e imagens em:






quinta-feira, 22 de março de 2012

Um Grito ousado...




















Grito Rock Chapecó.. Um Grande Grito!

Saldo positivo! O ‘nosso Grito’ teve no mínimo 700 pessoas envolvidas.  

* texto completo, mais fotos & informações em:

http://www.epopeiarock.blogspot.com/

“A arte da vida, da vida de um poeta, é, diante do nada o que fazer, fazer algo”.
(H. D. Thoreau)
























terça-feira, 20 de março de 2012

Pra quem merece...










obra de Odilon Redon

"Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar".
F. Nietzsche



quinta-feira, 15 de março de 2012

Ao Grito!

Vídeo divulgação Grito Rock Chapecó 2012:


*

Vamos ao Grito! ..por Roberto Panarotto (banda Repolho):



* Produção: Fernando Sbhegen (Maninho), baterista da banda Epopeia e produtor do programa Estúdio A da UnoWebTV.



Quem não tem voz própria, não pode mesmo gritar

Sr. Frustração volta a vomitar suas mágoas e dores de cotovelo dentro do espaço reduzido das suas quatro paredes...
..e quanto menos se espera ele vota a atacar! Uma nova espécie de Emo, pior que as de antes. Quer dizer, não tão nova. Um romântico idealista da filosofia determinista que chora suas dores na blogosfera. Daqueles que por ser impotente frente a sistemas e ordens hierárquicas, se posiciona de forma medíocre. Embalado (e empalado) por algum trauma, derrota ou frustração de ordem individual pequeno-burguesa (mas isso não significa que o sujeito seja burguês, pior que isso, seja apenas um mero e periférico reprodutor da ordem burguesa em seu gueto). Despreza a academia, mas se considera e até assina ‘filósofo’. ‘Ursinho criminoso’ só poderia ser uma nomenclatura Emo, não? Enrustido em discursos raivosos e cheios de uma inveja que nem eu acreditava existir. É tão ligado a ícones que joga essa sua chaga culposa e traumática sobre os outros. É tão medíocre que não consegue sair do vazio das suas idéias (ou da falta delas). Mas vamos a algo concreto: Onde está a sua filosofia Sr. Frustração? Seu pensamento? Sua tese? Sua contribuição para o mundo das idéias?
Agora falo enquanto professor de linguagem (mesmo sem ter passado por academia para adquirir essa ‘experiência’, esse ‘conhecimento’ - e não um mero falador que se auto-convenceu ser ‘anti-acadêmico’, quando na verdade não passa de um academicista), e a interpretação de qualquer texto, passa, além do estudo do conteúdo, pela experiência prática de cada um, pela vivência e tato, pela sensibilidade e pelas referências (o que não significa ‘iconização’, nem tampouco reprodução de idéias). Não basta ler ou falar – muito menos reproduzir. Portanto, Sr. Frustração, enfiar a metafísica no rabo, assim como as impressões dissimuladas e miseráveis de fundamentação (seja ela acadêmica ou não) desse aparato medíocre das palavras mornas, é um bom começo para um novo contexto, para uma nova vida, já que essa é tão mesquinha que não sai do lugar onde se fixou.
...mas como falávamos antes, me diga, como anda ‘a situação do rock em Chapecó?’ (risos do meu cão ao lado). E aquela banda que chutava o balde em tudo e todos, num discurso pseudo-revolucionário com um ‘Qzinho’ de lamento Emo, por onde anda tocando? Antes da postura vem a arte, vem o conceito, vem a proposta. Mas pra isso tudo, tem que ter tino, certo estilo, voz própria, e não apenas ‘pose’ e discurso. Tanto na música como na literatura, na filosofia, ou o que for, em primeiro lugar deve estar a sinceridade, a luta, a criação, a criatividade, depois a postura, pois esta se constrói, se adquire, se conquista, assim como a voz própria. Nada vem do céu ou só por mérito. E nisso, a prioridade deve ser a ‘arte em si’ (que também é uma postura, um ato, um modo, uma luta, uma perseverança – a alegria criadora) e não o discurso, a masturbação mental ou o ‘vômito’. Para poder se ter respaldo, respeito, consideração e valor, deve se ter algo consistente para apresentar – premissa básica! Se seu mundo é pequeno, não culpe os outros por isso, a expansão depende do próprio passo. O mais é falação. Enfim... Encerro por hoje, pois agora vou pra rua... É lá que o mundo acontece!
Herman G. Silvani, ou Niko (como queira).


sábado, 10 de março de 2012

O Grito para além das quatro paredes


Pra variar um pouco, um que outro gato pingado, os medíocres da miserável filosofia do vazio, em seus mundinhos virtuais, movidos por alguma dor de cotovelo de característica ‘emo’, por alguma inveja ou frustração, se botam novamente a criticar futilmente aquilo que está acima das suas mínimas condições de pensamento e ação. Me refiro a uma crítica medíocre ao Grito Rock que li num desses blogs intelectualóides de quem se auto-proclama ‘filósofo’ e não possui nenhuma tese, nenhuma idéia ou pensamento relevante, para assim se auto considerar, a não ser a reprodução do que já está a muito estabelecido. Nem sabem o(s) tolo(s) que a frase utilizada em uma das divulgações desse nosso ‘ato’, o ‘quem cala consente’, vem de um dado contexto e foi tirada de uma canção do Raul Seixas. Agora, se esse(s) raivosos da miséria filosófica e da crítica vazia e vulgar acham que o ‘Raulzito’ foi um ‘burro’ ou qualquer outro animal quadrúpede, é porque, decerto, conhecem o raso da sua obra tão abrangente, sarcástica e diversificada, como grande parte de quem saturou suas canções de tanto repeti-las. O que dizer então do raso de seus conhecimentos históricos, já não bastasse os filosóficos? No nazismo, as pessoas que tinham certa voz eram policiadas em suas expressões, seus gritos. Eram caladas de formas muitas vezes veladas, como ainda acontece hoje. E isso também só foi possível pelo consentimento, pela aceitação, ou seja, pela falta de resistência, de comunicação entre os grupos, as pessoas, que se trancavam em suas 4 paredes a lamentar e tremer de medo devido ao mundo que acontecia lá fora. De certo modo, faltou coragem, faltou propósito e até inteligência. Mas, isso não foi regra geral. Tiveram aqueles que resistiram e fizeram seus gritos ecoar, e eses são ouvidos até hoje. De nada adianta estar submergido em fundamentos se eles não servirem pra nada. Como bem anotou Thoreau “A arte da vida, da vida de um poeta, é, diante do nada o que fazer, fazer algo”.  É simples! Mais simples do que os pseudo-filósofos tentam dizer, esses burocratas que só andam pelas sombras por não terem luz suficiente em seus caminhos mentais. Já passou o tempo – e faz tempo – dessa ira contra tudo e todos, seu último respiro foram os modernos ‘emos’ que já estão em vias de extinção.  Ao contrário do que um besta ou outro acredita, gritamos pela diversidade, pelo não consentimento dessa ordem social-cultural manipuladora e mantenedora de produtos iconizados, de ‘verdades’ inventadas e reproduzidas pela massa anestesiada que aceita tudo passivamente por temer o conflito. É mais fácil trancar-se em si mesmo e se auto convencer de que a sua razão é a mais polida, que a sua ‘verdade’ é a única. Nisso, ‘nosso Grito’ é um grito resistente, pela criação e por nossa coragem de emitir sons além do ritmo homogêneo que dá o tom dos passos que marcham para o condicionamento. Portanto, o ‘Grito’ não é só meu, não é só aquele eternizado nas canções do Raul, nem só aquele dos escravos nas plantações de algodão num norte de uma América que originou o Blues e depois criou o Rock, não é um grito individual de quem quer que seja, mas é um grito de todos aqueles que ainda ousam, que ainda tem algo para dizer e fazer além das 4 paredes de um mundo que já virou paródia nas linhas da pseudo-miserável-filosofia de algum frustrado por aí. Enfim...



O que é o Grito Rock?

Entrevista sobre o Grito Rock & demais informações em: http://www.epopeiarock.blogspot.com/


* Visite também:

foradoeixo.org.br/institucional


..& Vamos ao Grito!