Voto pelos avanços e
possibilidades...
Está
quase na hora de escolhermos através do voto, intransferível e secreto, qual
será o projeto de governo federal que teremos pelos próximos quatro anos - além
das nossas ‘escolhas’ para deputados, os quais interferirão (bem ou mal - e
muito!) neste projeto (quer dizer, ‘projeto’ dos que o tem, é claro!). Nos
últimos anos o Brasil deixou de ser ‘quintal’ tornando-se parte da ‘casa’. Anos
atrás, éramos muito submetidos aos mandos e desmandos do Norte desta grande
América e seus parceiros europeus. Hoje, já nem tanto ou quase nada. Acontece
que a política, assim como as relações econômicas e de poder, se tornou
globais, e de certo modo, nisso, até então, estamos nos saindo muito bem,
devido a certa mudança nessas relações a partir dos governos ditos mais
recentes (leia-se Lula e Dilma). Essa ‘virada’ para ‘dentro’ do país, fez com
que os brasileiros fossem melhor assistidos pelo Estado (leia-se projetos
sociais), além da união latino americana que tem o Brasil como grande
‘mediador’. Penso que essas sejam duas das mais interessantes medidas desses
últimos anos e governos já citados. Nosso grande problema é ainda a cultura, já
que, na economia e nessas relações entre fronteiras avançamos muito. E quando
falamos em cultura, também falamos em educação. Mas até nisso temos mais
acessos e possibilidades hoje. O que, talvez não ande acontecendo, é o bom
aproveitamento dessas possibilidades. Mas, não podemos ser negativos como são
muitos que vão na onda do discurso midiático. Estamos razoavelmente bem,
enquanto parte do ‘velho mundo’ amarga uma crise tremenda. Precisamos sim
melhorar em muitos aspectos, mas essa melhoria não virá só do governo, depende
de nós e das nossas ‘escolhas’ e melhorias também. Melhorias sob tudo
culturais. Nossos hábitos, costumes, valores, modos de ver e viver, precisam
ser reavaliados e talvez, reformulados ou mesmo totalmente transformados para
que haja algo de mudança positiva. Só de lamúrias ou reclamações não podemos
viver. Temos sim que reivindicar, manifestar, dizer. Mas também, ouvir,
refletir e agir com certa consciência e bom senso, sem exageros e indignações
bestas. Eis a nossa parte nesta possível boa mudança. São inegáveis os problemas
do país. Porém, os avanços também. Se colocarmos tudo numa balança, talvez
tenhamos uma noção maior do que seja ‘o que’ neste jogo complexo e cheio de
curvas que é a política brasileira e mundial. Lembrando que não somos uma
partícula solta no ar. Somos um país. Somos brasileiros e latino americanos,
além de cidadãos do mundo. E nunca antes na história fomos tanto assim. Uma
nação não se faz apenas com discursos, se faz com práticas, projetos,
pensamentos, ações coletivas, relações sociais e culturais. Já que avançamos
com força em áreas historicamente frágeis, que tal daqui pra frente avançar
também na mentalidade? Na cultura e educação? É o que mais temos urgência.
Então, sejamos nós também parte destes avanços, começando por nosso dia a dia,
pelas coisas simples que existem ao nosso redor. Ir até a urna é algo simples,
votar também. Então votemos com bom senso e tendo em vista certa justiça
social. Considerando os avanços que aconteceram e pensando nos possíveis
avanços vindouros. Enfim, sucesso para nós!
* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó.
&
Voto e perspectiva
Eleições a vista. Muitos discursos, alguns projetos, pouca
sinceridade. Assim se constitui nosso jogo eleitoral. Hoje como ontem. Um pouco
menos, um pouco mais. Mas alguém assumirá a cadeira, tanto na presidência
quanto no congresso. Sendo assim, usemos o bom senso e nossa capacidade de
discernimento e consciência para tal ‘escolha’. O Brasil mudou nesses últimos
anos, talvez, da forma mais ‘radical’ na sua história recente. Economicamente e
socialmente falando, muitos avanços. Não reconhecer isso é no mínimo falta de
consciência histórica. Porém velhas práticas que atravancam outros avanços
importantes continuam. A famosa ‘corrupção’ é uma delas. Esta prática vive entranhada
na nossa cultura, e não só no Estado como muitos querem fazer crer. Em
contrapartida, nunca antes corruptos e corruptores foram tão caçados e presos.
E isso é positivo. De minha parte, espero que tenhamos ainda mais e novos
avanços, fundamentais. Avanços de ordem cultural e educacional. Aí sim,
poderemos ter um país melhor para se viver. Mas mesmo com todas as nossas
chagas históricas, ainda somos um bom país. E acredito na possibilidade de
sermos ainda melhores, por isso ainda voto e luto por um Brasil nosso, tendo em
vista projetos em andamento e os que já deram certo. Enfim. Sucesso para nós!
* também publicado no jornal Folha do Bairro.