sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Crônica de Farrapos - última parte...


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Farrapos (com citações de Mario Barbará)

 Os Farrapos estão vivos. Eles perambulam pela rua, todos os dias, bebericando cachaça barata. Ao lado, seus cuscos repletos de pulgas, fiéis companheiros, andam. São desgarrados que não se encontram dentro de boutiques nem em galerias de arte cheias de pompas. Nem em concertos, nem em teatros abarrotados de carne e vazios de sentido. Os Farrapos juntam baganas do chão e para esquecerem contam bravatas, velhas histórias. São tragos, muitos estragos por toda a noite. Os Farrapos são as vítimas do mundo, de si próprios e de uma guerra da qual não fizeram parte. Nem gaúchos nem catarinas. Nem indígenas, afro ou euro descendentes. Não há pátria nem nação. Não há nada além do chão, da calçada fria e dos dentes que rangem. Não há nada além do tremor da embriaguez lânguida. Nada disso é importante para quem é um farrapo humano. São Farrapos e não fizeram revolução alguma. Desistiram de lutar faz tempo. Seus antepassados perderam a luta e deixaram de herança uma derrota secular, milenar e diária. Uma derrota para a vida toda, sacramentada por um deus branco que ri do alto de sua cobertura no ponto mais alto da cidade. Os Farrapos foram traídos, abandonados. Lanceiros lançados a toda a sorte. Não sentem mais a dura fragilidade dos anos, nem tampouco a dura fragilidade dos ossos. Já são quase invertebrados. Já são quase esquecimento. Em suas invisibilidades, são farrapos ambulantes. Quando andam pelas ruas em dias claros, só são vistos devido aos seus trajes esfarrapados. São apenas Farrapos, mas já foram muito mais do que isso. Já acreditaram em alguma coisa um dia. Já usaram bombacha e nos pescoços lenços vermelhos. Ainda cantam, só que poucos tem ouvidos para ouvi-los. Cheiro forte, carne forte, esperança nenhuma. Ajudaram a escrever a história do mundo e não foram canonizados por isso, nem tampouco, construíram monumentos, esculturas ou bustos em suas homenagens. Tiveram importância um dia. E esse tempo já passou. Mas são Farrapos e estão vivos. Por enquanto.
 
 
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Crônicas de farrapos - parte II

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Sei da parte interessante do movimento Farroupilha, da luta econômica pela cultura do charque e contra a exploração do Império, da luta pela República e tal. Mas disso, a 'história oficial' e os meios de comunicação de massa dão jeito - minha intenção e função aqui é outra. E antes que alguém me venha com pedras nas mãos, só escrevo o que escrevo (e neste caso, sobre a dita revolução farroupilha e suas entrelinhas), porque tenho certo conhecimento do assunto. Cresci entre Centro de Tradições Gaúchas (CTG), rodeios crioulos e artísticos, festivais nativistas, viagens pelo sul do país sendo declamador (campeão do sul na declamação) - sendo que, meu pai (lenço branco na foto), esteve entre os fundadores do primeiro CTG da cidade. Venho de uma família gaúcha onde alguns cultuam as tradições. Além de conhecer ‘de dentro’ tal cultura, fui (sou) estudante de manifestações como esta, tendo algumas leituras e análises a respeito. Digo isso, só para que saibam de onde (e com que grau de propriedade) estou falando/escrevendo...
 
 
Na foto: Eu (criança de lenço vermelho), meu pai (de lenço branco) e um dos grandes cantores da música nativista, Cesar Passarinho (de lenço vermelho), anos atrás...
 
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Antes o mate, depois a peleia!

Cevo um mate. O amargo que bebo sem fazer cara feia (já que não sou assombração!), é meu vício. Não o único. Um dos vícios. Depois do café e do vinho, o chimarrão é uma das minhas bebidas prediletas. Herança indígena e distante. Herança dos meus antepassados e do meu pai (numa maior proximidade). A erva quando boa, relaxa (erva-mate, que fique claro!). Há um dito popular que pergunta ao novato bebedor: “Conhece pé de erva?”. Tem um quadro que é uma foto do meu avô por parte de mãe, caboclo-gaúcho, ainda jovem, trabalhando no corte da erva-mate no interior do Rio Grande do Sul (na cidade de Soledade, pelo que sei), de que gosto muito. Bombacha, facão na cinta e um chapelão de palha que lembra os sombreiros mexicanos. Eis minha ligação indireta com a erva (a mate!). Bebo o chimarrão diariamente, antes de alguma refeição ou no final da tarde. Bebo, às vezes, enquanto escrevo ou leio. O chimarrão, mais do que uma bebida ou uma tradição ou um costume, é um ato. Sim, um ato. Um ato que resiste ao tempo, a modernidade excessiva. Um ato de resistência e de troca. Quando bebido em roda, entre amigos e semelhantes, tem o símbolo da hospitalidade, da comunhão entre os homens. Meu pai conta que o mate selou até a paz entre rivais. Pelo menos naquele momento. No momento de relaxar e compartilhar o chimarrão. O mate proporciona, além da relação social entre as pessoas, um momento, por mínimo que seja, de calmaria e igualdade. Na hora do mate, todos estão na mesma condição. Um ritual acontece neste instante. E toda a trajetória do chimarrão, desde o seu plantio, passando pela colheita, o corte e tudo mais, até chegar à boca da cuia e ser preenchido pela água quente, faz parte do momento. O mate traz em si a História da nossa região, de costumes antepassados que sobrevivem ao tempo. Nisso, o mate é símbolo de resistência. Com todo o individualismo burguês-capitalista-tecnológico-mecânico contemporâneo, um costume, um ato ancestral, burla a ordem superficial das coisas. É, outra vez, o Caos se manifestando e comprovando que o movimento causado pela roda (como na roda de chimarrão), faz o mundo girar e o entendimento humano ainda ser possível.
 
 
 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Crônicas de farrapos...

 
Farrapo...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 
 
Estou em farrapos. Mais um balaço e morro. O último atravessou meu ombro e foi dar no meu cavado que tombou feito uma araucária num ato de desmatamento. É, assim é a guerra! Se é que dá pra chamar aquilo de guerra. Assim é a batalha e a lei do mais forte. Assim foi minha vida. Meu cavalo tive que sacrificar. Meu único amigo, companheiro de andanças. Um balaço no peito e o bicho ali agonizando. Eu, impotente feito uma novilha que vai pra carneação. Não consigo bater no peito e dizer, como tantos fazem, com orgulho: ‘Sou gaúcho!’. Eles nunca estiveram numa batalha. Aí fica fácil discursar, bater no peito, gritar grosso. O exército farroupilha, depois de feito o acordo com os imperiais, me deixou aqui, feito um trapo. E quem é o farrapo nessa história? Eu, um negro, sem chão pra pisar, sem terra pra plantar - e agora sem cavalo pra montar. Eu, um índio. Eu, um caboclo - sem um mate pra cevar. Me deixaram sem espaço. Era só uma promessa. Fui lanceiro pro estancieiro. Fui cortador de erva, secador de charque, domador, fui escravo e fui obreiro. Me criei na lida e o que aprendi do mundo, foi o mundo que ensinou. No lombo do meu cavalo atravessei horizontes. O capataz obediente sempre em volta, o patrão, sua terra, imensa, infinita. Latifúndio, me disseram um dia. Um pedaço me prometeram se eu fosse pra guerra. Uma guerra pela causa, diziam. República! Libertação! Palavras que nunca me fizeram sentido. E deu no que deu. Eu aqui, sem rumo. Até meu cusco serviu de sebo pro laço do patrão. E eu não tive escolha. Me tornei caudilho. Fui mercenário. Saqueei, matei, fiz miséria dessa gente. Sempre na promessa de tempos melhores que ainda não chegaram – e tenho medo, nunca chegarão! Sou do pampa. Sou filho da terra. Meu rancho hoje é isso. Essa tapera velha que tu ta vendo! Chão batido, pés descalço. Nem minha bota de garrão sobrou. As três marias perdi na última batalha onde também deixei metade do meu braço. O fígado ficou na venda do Herculano. O coração com Anita, a filha do patrão. Nada mais me resta. O general pegou seus homens e foi-se embora. A promessa de voltar ficou no esquecimento - dele. Assim como eu. Lutei e tive meu nome apagado da história. Agora, ouço uma notícia. Querem outra vez separar esse latifúndio do resto do país. Não, eu não lutarei por isso. Nunca! Quero minhas últimas forças para dizer ‘Não!’. Já fui tapeado uma vez, me basta! Um monte de falador com panca de macho roncando mais grosso que o fole da oito-baixo: ‘Sou gaúcho!’. Um desfile de vaidades dentro de bombachas em alguma comemoração dita farroupilha por aí. Não tenho mais lenço. Não tenho bandeira nem uma lança pra peleia. Só o esquecimento e a ignorância dos que botam panca. O tempo passou e minha herança é essa. Mas eu ainda tenho o sonho, sim. E ele tem nome: Reforma Agrária!
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vestígios de uma noite qualquer

 
 
Num só pulo saltei do sofá. Em minha volta o mundo girava e uma voz na minha cabeça gritava. A garrafa de vinho no chão guardava no seu fundo um resto do líquido dionisíaco. Juntei-a num gesto automático e suguei o que restava. Olhei para meus pés sujos e sussurrei: “Será que ontem bebi tanto assim cacete?” Andei a passos lentos e descompassados rumo ao banheiro. A bexiga estourando, a cabeça latejando e o coração ainda pulsando: “Tudo bem, estou vivo!”. O toca-discos rodava em chiados no finalzinho daquele álbum do Tom Waits que tanto gosto. A luz do banheiro acesa e no espelho trincado a mensagem escrita em batom encarnado: “Foi muito bom meu benzinho, pena não poder ficar para o almoço”. Mas quem esteve comigo nesta noite? Eu não lembrava. Tentei recordar por alguns instantes e nada: “maldita memória!”. Só deixou seu cheiro. Perfume barato. Bituca de cigarro filtro escuro no chão da cozinha. Fios ruivos de cabelo na cama além do suor adocicado de fêmea no cio. Um pouco intrigado pelo vazio na memória, só lembrava de um bico fino de sapato vermelho apertando meu peito. Quis esquecer. Puxei a velha máquina de escrever debaixo da cama e me despenhei num poema improvável. Depois de alguns minutos tentando, não saiu nada que prestasse: “Estou velho demais pra isso”. Desisti. Fui até a geladeira e saquei uma cerveja. Bebi toda em três ou quatro goles. Depois outra e outra. Ao todo foram umas sete. Já estava ficando bêbado de novo quando o telefone tocou. Lentamente fui ver quem era. Tirei o telefone do gancho e uma voz que não me era estranha, porém irreconhecível, falou: “Olá baby! Ainda está vivo?”. Demorei alguns segundos, mas respondi: “Sim, claro, se não, não teria atendido o telefone”. “Só estou ligando porque fiquei preocupada. Hoje pela manhã, antes de ir embora, parecia não estar nada bem”. “É? Mas estou vivo ainda”. “A noite foi maravilhosa meu bem!”. “Infelizmente não posso dizer o mesmo”. “Porque, não gostou da nossa farrinha?”. “Não sei. Não lembro de muita coisa. Na verdade, não lembro de nada”. “Nossa, foi tão ruim assim?”. “Eu estava muito bêbado”. “É, eu lembro muito bem disso”. “Mas fala aí, quem é você e o que quer comigo?”. “Nossa baby, poderia ser mais romântico, não é?”. Depois dessas palavras bati o telefone na mesa e deixei a voz estranha falando sozinha no outro lado da linha. Abri mais uma cerveja e me sentei próximo à janela da sala que dá pra rua. Não tinha noção do horário, nem do que acontecera nas horas anteriores, mas tinha a convicção de quem eu era, e isso me bastava por enquanto.
 
 
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Independência ou sorte!

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pátria amada. Pátria armada. Pátria amarga. Pátria que hoje está em 6º ou 7º lugar no ranking das maiores economias mundiais, na frente até da Inglaterra - e 88º em educação – detalhe! Pátria-Brasil, terra fértil e propícia à corrupção e ao desleixo do Estado e do setor privado. Herança portuguesa ou isso é só pretexto para justificar ou amenizar tamanha vergonha? Vergonha para alguns, para outros, orgulho (me parece). Acordar cedo neste dia de feriado nacional-patriótico e ir para o centro da cidade em marcha como nos ‘bons tempos’ da ditadura – e quanta gente gosta da dita-dura?! – catar o hino e se sentir um pouco patriota, mesmo não sendo ou nem acreditando nisso. Saudosismo dos que não compreendem ou não compreenderam aquele período histórico? Ou tentativa de fuga da realidade atual numa idealização de um passado grotesco que arde como ferida não cicatrizada? Brasil das inúmeras cicatrizes e poucas justiças, que não teve a reforma do judiciário e muito menos a Reforma Agrária - por quê? Já se perguntou isso hoje? Ontem? O fará amanhã? Amanhã, talvez seja tarde! O futuro a nós pertence! – bela idealização do amanhã que nunca chega - e quando chegar, já não será mais o amanhã, e sim, o presente outra vez. E tudo vira passado, história e pó (tudo o que é sólido, no caso), assim como disse um dia um velho filósofo: “Tudo que é sólido se desmancha no ar!” – é pena que certos costumes, crenças e pensamentos não são sólidos. Pátria armada em desfile-marcha militar, num mundo que gasta mais em armamentos do que em saúde, alimentação e educação. Pátria amada em suas diversidades, cores, cheiros, sabores... Pátria amarga em alguns sabores e fatos que nos ampliam as cicatrizes. Mas não há problema. Temos o futebol, o horário eleitoral, a rede globo, a novela das oito, os heróis nacionais. E são muitos! Eles substituem nossas ações pelas suas (será?). Suas imagens, seus sorrisos forjados nos desfiles das suas riquezas justificadas. São semideuses dessa pátria. Mas nós cantamos o hino, com toda a convicção, pelas ruas neste dia, no pátio das escolas, pelos largos corredores do manicômio de cada um de nós ou acompanhando exemplos da televisão. Somos todos um pouco mais brasileiros neste dia, estrangeiros no próprio corpo e espaço que ocupamos, pois nada é nosso nem de ninguém, tudo é passagem e impressão. Tudo é devaneio em meio a tanto comodismo e infecção. Nossas feridas estão abertas, pulsantes, vivas, doloridas. Mas dizemos que não, pelo menos hoje, enquanto a bandeira é hasteada e tremula sob nossos olhares (ou na falta deles) e sobre nossas convicções. Somos brasileiros, não desistimos nunca, nem de nossos equívocos ou falta de bom senso. Mas vamos em frente, pelo menos, tentando perceber o passado e com os olhos ativos no presente. Assim, quem sabe um dia, nosso hino passe a fazer sentido para além dessa tradição...
 
 
 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mudanças (?)


* Por alguns simples motivos, resolvi (ou tive) que passar a moderar os comentários do meu blog, assim como deixar certas ‘ações’ de lado. Nisso, elenco 4 bons e reais motivos para essa 'mudança'. São eles:

 

1. Está difícil para ler os comentários diariamente, já que ando cheio de trabalhos e afins, e moderando, passo a ter certo controle dos mesmos, deixando-os acumular para lê-los juntos e num mesmo tempo, facilitando minha vida (risos); até o final de ano tenho uma agenda de compromissos de trabalho e produções, então vou priorizar ainda mais isso.

 

Só sou adepto dos ‘insultos’ criativos ou inteligentes

 

 2. Ao contrário do que alguns amigos pensa(va)m, minhas ‘respostas’, argumentações e ‘tiros’, nunca foram perca de tempo, mas sim ‘provocações’ -  ‘alimentos’ para certa continuidade e/ou objetivo. Cinismo? Talvez! Prefiro dizer, ‘estímulo para o jogo’ – um jogo caótico que continua na desconstrução. Então revelo: já coletei comentários ‘pessoalistas’, odiosos e carentes (ou miseráveis) de fundamentação o suficiente para incluir em um dos meus ‘estudos’ ou projetos (dentro das áreas da linguagem em filosofia e sociologia, com algo de psicologia - relacionados a indústria da cultura e a reprodução em seus meios, assim como a fragmentação do pensamento no contemporâneo e a falta de argumentação e coerência em algumas ideias propagadas por esses meios) - algo referente a isso, creio que, em breve, será publicado. Alguns, dialogicamente, já chegaram a me dizer: ‘Mas você fala sobre tudo Herman!’. Outros, em tons de ira: ‘Você acha que sabe de tudo seu arrogante!’. Não, eu não falo ou escrevo ou me posiciono sobre tudo. Muito menos sei de tudo – ninguém sabe. Só falo, escrevo e me arrisco naquilo que tenho certo transito, conhecimento, visão e leitura. Estar bem ‘armado’, bem posicionado e optar por certa linguagem e postura, não significa ‘saber de tudo’ ou ser ‘arrogante’. Tive, e tenho, o privilégio de, desde cedo, ter contato e acesso a várias possibilidades, linguagens, vias, caminhos (consideremos que pensar a partir do todo tornou-se uma raridade, e hoje, é um ato de ousadia). Ainda bem que, pelo menos a maioria dos que vem me falar e/ou comentar, parecem compreender isso. Enfim... Para não me prolongar muito, daqui pra frente, só responderei ‘insultos’ criativos e/ou inteligentes (risos).

 

3. A maioria dos comentários referentes aos textos publicados são feitos por rede social via mensagem e por email - outros, pessoalmente, por leitores, admiradores e/ou ‘críticos’ que casualmente encontro por aí.

 

4. Infelizmente, alguns (geralmente, meia dúzia - ‘os mesmos de sempre’), ainda não se libertaram da mediocridade secular que assola a humanidade, nem tampouco das amarras da concepção judaico-cristã e do idealismo platônico que vive inculcado nas suas ideias e ações, ou seja, ainda não estão preparados para um debate ou discussão salutar ou criativa, nem tampouco, sabem usufruir de certa ‘democracia’ ou ‘liberdade’ nos meios e espaços, ocupando-os de forma mesquinha, contribuindo para a massificação, o reducionismo, o determinismo, o idealismo, a fragmentação e a reprodução da própria estrutura que lhes/nos engole – são os alimentos mais digestivos dessa estrutura. Portanto, merecem certo ‘silêncio’, certa ‘ignorância’, certo ‘desprezo’. É isso. Nisso, um fragmento de Nietzsche cai bem como complemento:

 
 

“Zaratustra é como um vento impetuoso para todas as baixezas: e aqui está o conselho que dá a seus inimigos e a todo aquele que cospe e vomita: guardem-se de cuspir contra o vento!”

 
 
*  Mas os textos continuam, tanto nos meios impressos como nos virtuais, vivos e pulsantes.. e em movimento.. assim como eu...
  
Obrigado aos que com eles (os textos), e comigo, dialogam!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



 
hgs.