Quem
viver verá. Será a nossa dimensão, sem fim. América Latina unida em torno de um
projeto só. Com toda sua diversidade de valores, culturas, linguagens,
economias. Um mundo. Velho, porém, novo. Como nunca antes foi. Os olhos do
mundo estão apontados para a parte latina deste grande continente. Seremos a
força motora do novo mundo que aos poucos se desenha. É claro que muitos não
tem este entendimento, esta leitura. Também, esperar o que, se nem os meios de
comunicação de massa tem. Ou fazem de conta que não tem? Ainda não uma
realidade, mas uma grande e boa possibilidade. Uma possibilidade que pode gerar
um novo rumo para a humanidade. Um rumo mais humanitário e menos ‘coisal’. E
esta possibilidade, esta esperança, vem daqui, do nosso chão, da nossa gente,
da nossa história. Pensarmos como brasileiros e latino-americanos é o começo.
Percebermos que, juntos formamos um universo de potências é fundamental neste
novo contexto que se desenha. Quem sabe, em breve, este desenho saia do papel e
passe para a constituição de uma nova realidade, para um novo mundo. Sim, sou
esperançoso. Homem de fé. Na terra, no outro, na vida. Utopia? Pode ser. Mas
não impossibilidade. Sejamos então utópicos, positivos, lutadores. Olhemos em
volta. Não estamos sós. E o mundo, de repente, passa a nos perceber... E de nós
necessitar.
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 28/11.