sábado, 18 de junho de 2016

Estupros e outras violências


Porque o estupro também é uma 'cultura' no Brasil?

O estupro sofrido pela jovem de 16 anos (entre tantos outros não noticiados), não foi só o dos 30 homens. O estupro foi (e é) feito por compositores, grupos musicais, produtores, desenhos-novelas-filmes, religiões, valores, hábitos, costumes de homens e também mulheres. O estupro é feito pela grande mídia, sua publicidade e ideologia, pela 'indústria cultural' e 'sociedade do espetáculo', ao fabricarem, produzirem e veicularem certos ‘produtos’ ofertados ao público.

Mídia xapecoense

"Falta dizer: Marmanjões, vadias e vadios, fazendo protestos e ocupando escolas e universidades pelo Brasil. Querem restaurantes e 'merendas' de boa qualidade. Que falta de laço! Vão trabalhar. Os operários, trabalhadores, não têm nada disso..." (PRATES, Luiz Carlos)
* 'Cronista' do DI (Diário do Iguaçu), em 06/06
Este é o tipo de ‘opinião’ e ‘informação’ que o dito jornal veicula em suas páginas?


Para ir além, às vezes, é preciso romper (uma consideração para uma esquerda mais libertária - ou pelo menos, menos corporativista ou limitada ao lugar comum)

O elo de ligação da esquerda humanista-iluminista organizada socialmente (tanto marxista quanto anarquista, seja ela científica ou utópica) com a direita liberal (também 'humanista'-iluminista), é o senso 'religioso' de iconização e o ‘idealismo paradisíaco’. Ou seja, a esquerda ainda não conseguiu se livrar do 'judaico-cristianismo platônico idealista' que a circunda (e a compõe – segundo Nietzsche) historicamente. Mas antes é preciso perceber e reconhecer isso, depois a 'libertação' e então os necessários 'avanços internos', o que, vai, automaticamente, refletir nos 'avanços externos', portanto, socioculturais e políticos...


Efeito ‘anti-PeTismo’ e as panelas

Comprovando que a política oficial-institucional brasileira é uma jogatina enfadonha, viciada e mofada, o precocemente ex-ministro do ‘novo-velho’ governo interino Temer, Jucá, em escuta telefônica já deixou muito claro o golpe contra a democracia. Golpe este que contou com entidades empresariais, o judiciário brasileiro e a mídia (entre outros), além da cumplicidade de parte significativa da população que, amesquinhada engoliu o ‘anti-PeTismo’ como ideologia de classe e se depois se acomodou. A bateção de panelas cessou e a corrupção agora revigorada, continua firme e forte. Amém!


* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó



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