Porque o estupro
também é uma 'cultura' no Brasil?
O estupro sofrido pela jovem de 16 anos (entre tantos outros não
noticiados), não foi só o dos 30 homens. O estupro foi (e é) feito por
compositores, grupos musicais, produtores, desenhos-novelas-filmes, religiões,
valores, hábitos, costumes de homens e também mulheres. O estupro é feito pela
grande mídia, sua publicidade e ideologia, pela 'indústria cultural' e
'sociedade do espetáculo', ao fabricarem, produzirem e veicularem certos
‘produtos’ ofertados ao público.
Mídia xapecoense
"Falta dizer: Marmanjões, vadias e vadios, fazendo
protestos e ocupando escolas e universidades pelo Brasil. Querem restaurantes e
'merendas' de boa qualidade. Que falta de laço! Vão trabalhar. Os operários,
trabalhadores, não têm nada disso..." (PRATES, Luiz Carlos)
* 'Cronista' do DI (Diário do Iguaçu), em 06/06
Este é o tipo de ‘opinião’ e ‘informação’ que o dito
jornal veicula em suas páginas?
Para ir além, às vezes, é preciso romper (uma
consideração para uma esquerda mais libertária - ou pelo menos, menos
corporativista ou limitada ao lugar comum)
O elo de ligação da esquerda humanista-iluminista
organizada socialmente (tanto marxista quanto anarquista, seja ela científica
ou utópica) com a direita liberal (também 'humanista'-iluminista), é o senso
'religioso' de iconização e o ‘idealismo paradisíaco’. Ou seja, a esquerda
ainda não conseguiu se livrar do 'judaico-cristianismo platônico idealista' que
a circunda (e a compõe – segundo Nietzsche) historicamente. Mas antes é preciso
perceber e reconhecer isso, depois a 'libertação' e então os necessários
'avanços internos', o que, vai, automaticamente, refletir nos 'avanços
externos', portanto, socioculturais e políticos...
Efeito ‘anti-PeTismo’
e as panelas
* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó
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