brazil 2019, um faz-de-conta que é nação.
Um país em que o
presidente da república faz-de-conta que é presidente, faz-de-conta que governa,
faz-de-conta que é competente, inteligente e informado, faz-de-conta que é engraçado. Mas, como diria
alguém que li ou ouvi por aí: ‘O presidente governa o país como se estivesse
num churrasco com os amigos’. Um país onde o guru do presidente e de seu
governo, faz-de-conta que é filósofo ou intelectual, entendido das questões
mais profundas do país que mal conhece - e nem habita. Um país em que, o
ministro da educação não é educador nem professor, não entende de educação, detrata
Paulo Freire e confunde Franz Kafka – sim, tudo isso, mas faz-de-conta que não.
A ministra dos Direitos Humanos é preconceituosa e não é humanizada, distorce a
realidade conforme seu fanatismo religioso e devaneio pessoal, mas, como os
outros, faz-de-conta. O ministro das Relações
Exteriores, num faz-de-conta sem precedentes, justifica que o aumento da
temperatura global se deu porque ‘agora os termostatos que medem a temperatura estão
mais perto do asfalto’. Onde alguns
grandes empresários e fazendeiros financiadores deste estado de coisas bizarras, fazem-de-conta que
são cidadãos de boa índole, que dignificam o país pagando seus impostos,
pensando no bem nele, que respeitam o trabalhador e são os maiores produtores
da nossa riqueza. Um país dominado hoje, por terraplanistas, onde o presidente
foi eleito pelas fake news e whatsapp, onde parte da população que o elegeu, na
rede social ou na rua, faz-de-conta que é contra a corrupção, e que este é
maior problema da nação (junto a previdência - isso não sei se é faz-de-conta
ou ignorância), que são pessoas íntegras e que suas opções eleitorais são de
boa fé, de bom senso e por motivos morais – etc, etc, etc... Enfim, neste
faz-de-conta, eu que ainda me equilibro sobre a realidade, faço a conta, e o
resultado é a ‘pós-verdade’ - é só olhar para os lados. E eis-nos aqui!
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