quinta-feira, 12 de julho de 2012

Minha crônica para o 'Dia Mundial do Rock'...





















Rock, um Grito!

Hoje é Sexta-Feira 13. Um dia diferente. Apesar de que, para aqueles que vivem esperando a sexta chegar, ela se torna um dia qualquer. ‘Mas ela não é um dia qualquer? Como qualquer outra Sexta-Feira?’ É. Bem, deve ser! Mas essa sexta, como já disse, é um dia diferente. ‘Que bagunça Herman!’ Deixa eu tentar explicar. Além de ser sexta, e de ser 13, é o dia em que se comemora o “Dia Mundial do Rock”. E eu, como ‘bom roqueiro’ que sou (será?), não poderia deixar de lembrar e registrar de forma crônica esta data. O rock, como é popularmente conhecido, é um ritmo musical. Mas, além disso, também pode ser (e é!) uma visão e/ou uma postura diante do mundo. Essa ‘música’ que veio do Norte da América, cruzou fronteiras, barreiras e horizontes e chegou até aqui no interior de Santa Catarina, nasceu de um ‘Grito’. Um grito ‘universal’ que ecoa até hoje. Ainda nas plantações de algodão nos EUA, o negro escravo trazido da África, como forma de expressar suas dores, angústias, por sua cultura deixada pra trás, passou a entoar um canto, um lamento, e dentro disso, seu grito (um grito de dor e de libertação). Esse grito, além de expressar, foi (é) uma forma de resistência. O canto, o lamento, passou, com o tempo, a se chamar blues, outro ritmo ou estilo musical muito popular e universal. Uma música ‘tipicamente’ negra. E foi pelo blues que o rock também se fez música, ou seja, da pra se dizer que o rock surgiu de (ou como) uma variação do blues. Com o tempo, o rock passou a inspirar comportamentos e a se ampliar enquanto conceito. Adentramos aí nas décadas de 1950, 60 e 70, depois, com a soma de todas as variações desse ‘fenômeno musical-cultural’, chegamos até os dias atuais. Por mais que alguns ainda tentem reduzir o rock ao supérfluo, ou a simplesmente um ritmo, ele se mostra muito além disso. Algo que suscita certas visões de mundo e certa postura sócio-cultural. TODA a música pop contemporânea (aquela que é vinculada pelos meios de comunicação de massa), a partir do surgimento do rock, passa a ter características suas em algum sentido. E os jovens ainda carregam consigo a rebeldia típica que se encontrou (e se encontra) em torno desse ritmo - questão de linguagem e comunicação. E a música tem a sua própria linguagem. Nisso, quando alguém se vê parte dessa história, acaba se encontrando com outros que também tiveram esse sentimento, essa forma de sentir, pensar e atuar no mundo. Ou seja, o rock interliga pessoas, grupos, sentimentos, visões. Portanto, como ‘bom roqueiro’ (que digam meus vizinhos!) – e não só isso (que digam os que me conhecem), agora vou plugar minha guitarra e em acordes vibrantes, soltar o meu grito...


·        Publicado no jornal Folha do Bairro, 13/07/2012.


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