sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A alma de um tempo...
















“Eu sou o capitão da minha alma”. Foi assim que um homem de caráter, vivaz como poucos, anunciava sua liberdade. Liberdade que, por mais subjetiva ou relativa que possa ser, ainda tem motivos para ser pronunciada, afirmada, buscada. Ele fez da sua existência algo maior do que uma passagem. Passou, como tantos e como todos que ainda hoje aqui estão. Mas sua passagem deixou caminhos, portas e janelas abertas, por onde o sopro da independência, da emancipação, da liberdade e das diferenças (não das desigualdades), entra e sai, num fluxo constante de movimento, onde o respeito e a convivência são valores básicos e insubstituíveis da humanidade. Não foi um mero exemplo que ficou, pois continua sendo. Mais que isso, é inspiração e símbolo de homem público que luta por humanidade - entre os maiores símbolos de resistência que já existiram em forma humana - e não só símbolo, mas realidade! Foi um resistente que ampliou o conceito de política a sua maneira. Um homem destinado a resistir e viver, a olhar para o outro para ver a si próprio. Um povo, uma luta, uma imagem. Mandela permanecerá sempre vivo, na memória, na alma, nas ações e palavras daqueles que tem o ardor da humanidade latente dentro de si. Vivo até que o último homem que perceba, respeite e cultive a relação com o outro respire e pise nesta terra. Fez parte da alma de um tempo. Sentiremos saudades...


·         Em memória de Nelson Mandela. 


* também publicado no jornal Folha do Bairro, 13/12...



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