sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Os Reality Shows e você como produto


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Reality Shows dominaram o mundo do entretenimento televisivo. E recomeça, em sua 13ª edição o BBB (Big Brother Brasil – leia-se o ‘Grande Irmão’ de ‘1984’, baita obra literária de George Orwell que também virou um bom filme). Não bastassem criar algo semelhante em outra emissora, só que em versão interiorana, no caso, A Fazenda - agora também tem a Fazenda de verão, com pessoas ‘comuns’ e não mais com estrelas da indústria cultural – pessoas ‘comuns’ que, no caso, se tornam ‘estrelas’, mesmo que suas luzes brilhem por pouco tempo. Daqui um pouco teremos A Fazenda de primavera, outono e inverno, e o BBB vai completar seu centenário. Não duvidem! ‘Não dê a ideia Herman!’. Pelo que sei, no mundo todo, o BBB só restou no Brasil. Consumimos tanta porcaria estrangeira que isso não deveria ser novidade pra ninguém. E a Globo é campeã nisso. Observemos os filmes hollywoodianos que a emissora vincula na sua obesa programação, só para citar um exemplo. Nos alimentamos do resto, do lixo, da mediocridade que, em muitos lugares é execrada. Por aqui não, no país do futebol e do carnaval televisionado, resto é artigo de luxo (de lixo), mas, se dá certo, é porque alguém consome, não é? Você consome? Pior é que esse tipo de programa (além dos consumidores), só é possível, pois, além do governo liberar (questão das concessões – outra parafernália que no Brasil funciona com tapinhas nas costas: ‘Vai lá!’ - e a turma do ‘deixa disso’ me acusa de radical), devido aos mantenedores, ou seja, aos investidores, patrocinadores. Um tremendo capital é investido nesses programas, e os publicitários do ‘espetáculo’ (leia-se ‘A sociedade do espetáculo’ de Guy Debord), estão entre os lucradores desse ‘circo’ (o pão é garantido com a dita ‘economia aquecida’). Grandes indústrias e marcas estão por trás desse circo de horrores que é a grande mídia brasileira. E tem sujeito metido a ‘filósofo trágico’ que ainda vem me dizer que o debate da ‘indústria cultural’ (leia-se Escola de Frankfurt) já está superado ou é coisa do passado, como se todos tivessem leitura, análise, crítica ou mesmo visão disso tudo. O circo é bem maior do que parece meus queridos, tanto é que se reproduz a granel nos meios de comunicação de massa, inclusive, na internet e suas ditas redes sociais. Já cansei de dar pitacos a respeito, mas insisto, pois é algo que envolve tudo e a todos, pelo menos os que ainda respiram. Enfim... Convido todos a prestarem atenção nos ‘financiadores’ desses reality shows e pensarem melhor antes de consumir determinadas marcas, pois são elas que dão vida àquilo que lhes tornam meros coadjuvantes, subprodutos e objetos de uma realidade e cultura medíocres. Enfim... Não é Efapi, mas é ‘espetacular’!



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