sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Leituras do Cotidiano, 28/11


Neves derretem rápido no clima tropical

Era uma vez um país, um candidato, uma eleição e uma televisão. O tempo se passou, o país continuou, a eleição se findou, a televisão se alimentou e o candidato... Bem, o candidato sumiu. Por onde andará tal personagem? Qual o motivo do sumiço? Parte do espetáculo nosso de cada dia, ou algo estranho por detrás da imagem dada? Façam suas apostas, o jogo continua! Neste país, tal candidato, antes do sumiço, falava em mudança. Mas agora, muitos até esqueceram do seu nome, passada a euforia da corrida eleitoral. A reprodução massiva de discursos ‘contra’ a corrupção e ‘a favor’ de uma tal e pretensa e discursiva mudança - pra onde? - ninguém sabe, ninguém viu! – fez do jogo um espetáculo ainda maior. E quem venceu? Não há vencedores, pois o jogo ainda está longe de terminar. E o personagem, aquele que pestanejava coçando o nariz nos debates? Sumiu! Ninguém sabe, ninguém viu! Alguém, por favor, se o encontrar por aí, não me informe. Obrigado!


Receita de golpe

Receita de 'golpe' para minar uma economia, um governo, um país (na lógica do 'quanto pior, melhor'): oposição irresponsável raivosa/destrutiva + mídia ideológica obesa/espetacular = Estado inoperante e/ou colapso da governabilidade.

Qualquer relação com a realidade brasileira atual, não é mera coincidência!


Alguém me escreve:
'Herman, vi no seu currículo que é professor, compositor, escritor, instrutor de Kung Fu, fotógrafo, toca em duas bandas, membro de sindicato... Como consegue fazer tudo isso, ter essa variedade de habilidades? Há tempo pra isso? Como consegue viver?
A questão é:
"Só consigo viver por causa disso..."

Caçador de si próprio

O fim de ano se aproxima e o comércio ferve. Como uma panela de pressão prestes a explodir. Vai sujar toda a cozinha de gordura saturada. Nem tudo o que se compra se consome. Nem tudo o que se consome faz bem. Talvez, o oposto. Consumir demais causa obesidade, não só no corpo, mas fora dele também. E as ruas estão cheias - obesas. E as lojas, shopping, bancos, estão cheios. De gente, de dinheiro, de vícios e exageros - gordura. Produto de um aquecimento nacional (não global) da economia. Uma economia sob tudo capitalista, longe do ‘comunismo bolivariano’ que muitos ignobilmente reproduzem como se fosse realidade por aí. O Brasil tem futuro, só que ele ainda não veio. Aliás, quando vir, já não o será mais. No caso, o Brasil só tem presente. Assim como todo o mundo. Presente hoje. Falando nisso, já comprou seu presente de Natal? Que tal uma passadinha no nosso comércio? As portas estão abertas, assim como as bocas de algumas pessoas e como as bocas de lobo. Mas cuidado, ambas podem morder, abocanhando o pouco que resta de ti e que ainda não foi devorado pelo nosso comércio predador. Ao consumir, cuidado para não ser consumido, pois, é assim que os acidentes acontecem. Um dia é da caça, outro, do caçador. E o espetáculo prossegue...


* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó.



Nenhum comentário: