Neves derretem rápido no clima
tropical
Era uma vez um país, um candidato, uma eleição e uma televisão. O
tempo se passou, o país continuou, a eleição se findou, a televisão se
alimentou e o candidato... Bem, o candidato sumiu. Por onde andará tal
personagem? Qual o motivo do sumiço? Parte do espetáculo nosso de cada dia, ou
algo estranho por detrás da imagem dada? Façam suas apostas, o jogo continua!
Neste país, tal candidato, antes do sumiço, falava em mudança. Mas agora,
muitos até esqueceram do seu nome, passada a euforia da corrida eleitoral. A
reprodução massiva de discursos ‘contra’ a corrupção e ‘a favor’ de uma tal e
pretensa e discursiva mudança - pra onde? - ninguém sabe, ninguém viu! – fez do
jogo um espetáculo ainda maior. E quem venceu? Não há vencedores, pois o jogo
ainda está longe de terminar. E o personagem, aquele que pestanejava coçando o
nariz nos debates? Sumiu! Ninguém sabe, ninguém viu! Alguém, por favor, se o
encontrar por aí, não me informe. Obrigado!
Receita de golpe
Receita de 'golpe' para minar uma economia, um governo, um país
(na lógica do 'quanto pior, melhor'): oposição irresponsável raivosa/destrutiva
+ mídia ideológica obesa/espetacular = Estado inoperante e/ou colapso da
governabilidade.
Qualquer relação com a realidade brasileira atual, não é mera coincidência!
Alguém me
escreve:
'Herman, vi no
seu currículo que é professor, compositor, escritor, instrutor de Kung Fu,
fotógrafo, toca em duas bandas, membro de sindicato... Como consegue fazer tudo
isso, ter essa variedade de habilidades? Há tempo pra isso? Como consegue
viver?
A questão é:
"Só consigo viver por causa disso..."
Caçador de si
próprio
O
fim de ano se aproxima e o comércio ferve. Como uma panela de pressão prestes a
explodir. Vai sujar toda a cozinha de gordura saturada. Nem tudo o que se
compra se consome. Nem tudo o que se consome faz bem. Talvez, o oposto.
Consumir demais causa obesidade, não só no corpo, mas fora dele também. E as
ruas estão cheias - obesas. E as lojas, shopping, bancos, estão cheios. De
gente, de dinheiro, de vícios e exageros - gordura. Produto de um aquecimento
nacional (não global) da economia. Uma economia sob tudo capitalista, longe do ‘comunismo
bolivariano’ que muitos ignobilmente reproduzem como se fosse realidade por aí.
O Brasil tem futuro, só que ele ainda não veio. Aliás, quando vir, já não o
será mais. No caso, o Brasil só tem presente. Assim como todo o mundo. Presente
hoje. Falando nisso, já comprou seu presente de Natal? Que tal uma passadinha
no nosso comércio? As portas estão abertas, assim como as bocas de algumas
pessoas e como as bocas de lobo. Mas cuidado, ambas podem morder, abocanhando o
pouco que resta de ti e que ainda não foi devorado pelo nosso comércio predador.
Ao consumir, cuidado para não ser consumido, pois, é assim que os acidentes
acontecem. Um dia é da caça, outro, do caçador. E o espetáculo prossegue...
* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó.
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