Criei um conceito. Novo. Quer dizer, acho
que criei, pois não me lembro de ter visto/lido isso em outro lugar. Meu
conceito de ‘Envenenamento Cultural’. Pera aí, já explico! O mundo é um campo
de batalhas minado, sob tudo de signos e linguagens simbólicas ou discursivas
dados pela publicidade e propaganda de marqueteiros políticos e dos grandes
negócios, das grandes marcas e ideologias. Comunicação feita para convencer,
conquistar, ter público e consumidor. A ideia é reforçada e o ‘produto’ é
pregado massivamente até ser transformado em ícone. Falo dos ídolos, dos
moralistas, dos ‘bons mocinhos’ ou ‘gentes de bem’, vinculados às ideologias,
doutrinas e produtos, além dos próprios produtos em si. Muito do que veicula
nos meios de comunicação de massa. E é isso que torna a cultura e o mundo,
campos minados. Aí é que entra meu ‘veneno’. Ou seja, ‘envenenar a cultura’ com
algumas ideias e práticas ‘malditas’, que tragam contradição e fortes ímpetos
de busca interior e exterior de extra-notícia, extra-jornalismo,
extra-publicidade, extra-verdade. Uma prática fácil e acessível a todos que se
dispuserem a descolar a bunda do sofá e saírem com seus filhos e cães e
vizinhos ou amigos, a caminhar pelo parque ou praça pública cantando qualquer
canção extra-popularizada, descalços ou de chinelo, vivendo...
(Imagem: Obra - em grafiti - de Banksy)
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 20/02.
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