sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Degradação a motor

A degradação sociocultural a partir do combustível e do automóvel particular



Um país, uma sociedade, um mundo avançado, desenvolvido, 'melhorado', preza pelo transporte público e de qualidade: ônibus, trem, metrô, ciclovia, etc. Muitas das nossas cidades estão quase intransitáveis, principalmente para pedestres e transportes alternativos - e até para carros. Isso se dá devido ao alto consumo e uso particular de automóveis. O combustível é danoso e sustenta parte de um sistema socioeconômico degradante humanamente falando, como é o nosso. Nesta ‘organização social’ tem mais vez o automóvel do que o pedestre. Os espaços parecem ser projetados para carros, não para gente. E isso tudo tem um preço (alto, diga-se de passagem) a ser pago. Sei da ‘necessidade’ do transporte e do combustível nisso – e além disso, na economia como um todo. Mas, a questão é que, não existe só este tipo de economia (ligada ao petróleo e suas integrações). Portanto, já é passada a hora de repensar, rever e partir para outras ‘soluções’. Caso contrário, estaremos destinados a ‘não transitar’, ‘não estar’ e ‘não ser’. Enfim. O combustível está caro? Mas nem só de combustível vive o homem, a sociedade, a cidade! Então, paremos de choramingar e pensemos e agimos maior. Para um mundo maior de possibilidades e não determinismos.

* também publicado no jornal Folha do Bairro, 06/02.



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