domingo, 3 de abril de 2011

Do livro impresso ao virtual

Em dias ‘úteis’ da semana acordo sempre lá pelas seis e meia da manhã, devido a um dos meus trabalhos, que é o de professor. A televisão desperta junto com o celular e em dueto os dois me acordam. Enquanto vou ao banheiro e tomo meu café, deixo a tevê ligada para ouvir as primeiras notícias do dia. Foi numa manhã dessas que vi uma entrevista sobre um tal ‘leitor virtual’, uma espécie de biblioteca ambulante. Aquilo me pareceu como uma dessas invenções japonesas. Uma mistura de utilitário com bizarrice tecnológica. Carregar aquilo em volta não parece muito confortável. Mas talvez seja útil – ou não. Dentro do leitor virtual dá pra ter muitos livros. Evita o peso de carregar livros impressos na mão. O problema é ler em tela digital. Eu pelo menos não consigo por muito tempo. Textos curtos, até vai, mas os longos, não dá. Logo desisto. Acho desconfortável. Mas decerto, alguém consegue. Devido a essa tecnologia, muitos se preocupam com o possível fim do livro impresso. Eu não. Não acho que o livro impresso vai terminar um dia. Só se terminar o papel, aí sim. Mas por causa da invenção japonesa, duvido! Eu nunca quero ter um desses. Prefiro carregar uma dúzia de livros em baixo do braço. O livro impresso tem seu charme e carregá-lo debaixo do braço também. É algo romântico. Mas não sou contra essa tecnologia não, pois além de economizar papel, disponibiliza bibliotecas itinerantes, ambulantes, nos braços de uma única pessoa. Vejam o lado legal disso. Se mais pessoas adquirirem a engenhoca japonesa, provavelmente, mais pessoas comecem a ler. Dentro de uma realidade como a do Brasil, em que poucos lêem e desses poucos, muitos ainda não compreendem o texto, carregar uma biblioteca consigo pode melhorar um pouco as estatísticas. Enfim. Sendo ou não uma invenção japonesa, faltando charme ou não, o ‘leitor virtual’ é um instrumento que pode ser útil. Tomara que seja! Mas nada pode substituir o velho livro impresso, que tem cheiro e forma, é palpável e está muito além de ser um mero bem de consumo. O livro é parte essencial do homem.


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