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A religião do ‘anti-petismo’ e o jornalismo
reprodutor...
O anti-petismo tornou-se uma religião. Pior,
fundamentalista. ELES conseguiram! Insistiram tanto, discursaram tanto,
repetiram tanto que, parte significativa da população passou a reproduzir esse ‘sentimento’.
Em acordo com os meios de comunicação de massa, fizeram a cabeça dos mais
desavisados. É claro que, devido as minhas análises e/ou minhas posições frente
a isso, fica fácil me classificar e tentar me reduzir, em forma de xingamento,
algo muito comum, me rotulando de ‘petista’ ou ‘esquerdista’. É só o que os
imbecis, os medíocres, conseguem fazer. No máximo! Não que eu morra de amores
pelo PT, mas, não posso deixar de problematizar sobre isso e dizer que muitos dos
‘raivosos anti-pestistas’ estão vivendo sob a sombra de certo ‘crescimento’
econômico do país (adquirem bens materiais mas não aprimoramento
intelectual-cultural, que coisa!), dado justamente depois que o partido em
questão passou a administrar o Estado brasileiro.
O
anti-petismo é uma arma de indução indireta que algumas ideologias e interesses
criaram através da reprodução de um discurso - e deu certo! O ‘espetáculo’ do
‘mensalão’ por exemplo, foi massificado pelos meios de comunicação oficiais,
obedientes ao capital, setor privado e partidos de extrema direita, de forma
rasa e mesquinha, assim como o discurso da corrupção. E isso pega. Pega os mais
ingênuos, desavisados (ou tolos mesmo), pelas costas. Atualmente vemos partidos
históricamente corruptos bancando marchas ‘contra’ a corrupção. Virou moda. Se camuflar
naquilo que você mesmo é e promove, mas apontando isso no outro, é uma boa
estratégia de esconder a realidade que grita por detrás disso tudo mas não é
ouvida (leia-se o ‘espelho’ na psicologia). O tal ‘mensalão’ foi massificado
nos meios de comunicação dias antes das eleições, intencionalmente. Mas alguns ‘jornalistas’
e/ou arautos da suposta verdade (maldito platonismo idealista!), os mais
medíocres, vão dizer que é paranóia minha ou delírio, fanatismo político,
partidário ou ideológico, nada mais comum para justificar suas faltas e
condições de reprodutores reducionistas – no outro, sempre! (e eu que nem
filhação partidária tenho!). É claro, essa dissiminação de informações
miseráveis de problematização, feita por ELES é o que os alimenta. Então, fica
fácil de novo apontar o dedo: ‘Você!’.
As redes
sociais e as eleições são como uma paisagem de mediocridades, pintada por
maquiadores que se acham artistas. Um jornalista que se vangloria por
reproduzir da forma mais simplista a ‘farra do mensalão’ num momento oportuno e
estratégico para alguns interesses (eleições), não passa de um objeto do meio,
um instrumento de reprodução e manutenção deste meio e de determinada realidade,
assim como o ‘anti-petista’ convicto, aquele que age pela emoção odiosa do
simplesmente ‘contra’, não passa de um reprodutor e/ou frustrado que festeja
sua própria estupidez. Ambos abrem a boca num discurso anti-corrupção, algo de
mais banal que acontece atualmente por aí. E as coisas se confundem e se
misturam numa lavagem que alimenta não só os porcos.
O excesso de informação e a pouca profundidade banaliza as coisas, as relações, o mundo.
Noticía-se o
raso, o superficial, muitas vezes, intencionalmente. Na desculpa ou pretexto de
uma tal ‘imparcialidade’ se escondem e se protegem muitos hipócritas, demagogos
e sensacionalistas, que se acham críticos mas não passam de reprodutores. E a
cidade está cheia de estereotipados que fazem das suas imagens ‘moderninhas’ uma
alegoria para esconder aquilo que realmente são ou querem ser. Muitos acham que
fazendo gracinhas, usando dos seus humores nada refinados, estão sendo
espertos, inteligentes, críticos. O ridículo também começa a ser confundido com
humor. Alguns convictos, apáticos, ‘imparciais’, estúpidos (ou ignorantes),
juntos, formam um grande exércio de medíocres arrebanhados no mais raso das
suas posturas. Pois, existem dois tipos de pessoa neste sentido: ‘as elegantes
e as enfeitadas’. Você deve saber qual é o seu, não é?
Agora o novo
(e não tão novo) discuso político ideológico é dizer que ‘o partido não
interessa’. E quantos também vão cair nessa? Há uma crença – e não passa disso
- numa verdade pura, adiante, onde tudo é perfeito e ideal. E há alqueles que a
reproduzem e lhe alimentam através das suas palavras e ações. E não, não é sonho
nem utopia, é idealismo mesmo.
* E, por favor senhores/as, não confundam ou
coloquem no mesmo ‘bule’ as diversas práticas sócio-culturais e políticas. Estamos
aqui falando do nível ‘institucional-oficial’, e não de outros que também são
realidade e possíveis e férteis de atuação, ok?! En-fim...
Herman G. Silvani
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