Desenvolvimento, progresso, evolução, civilidade... Palavras
discursadas em excesso que se assemelham a um discurso religioso, ortodoxo,
fundamentalista. Em torno do nosso aniversário de 96 anos, estamos bem na foto.
Foto, inclusive, com atorzinho galã global, na cama, na rede social, os dois
nus, transparentes como deveriam ser as nossas contas públicas. Homicídio
suicidado arquivado pelo cansaço alheio: um mistério que um Ministério não deu
conta. A polícia, a política a polidance. E dançamos conforme a música, com o
ferro no meio das pernas. Tentativa de homicídio em plena luz do dia, segunda
feira de ‘tradição, família, religião e trabalho’, amém! Cavalos com pedigree
bem tratados, a alfafa é cara, mas alimenta, os matungos-pangarés que lambam a
sola da bota do ‘coroné’, quem mandou ser trabalhador ou viver de rua? E na
câmara dos lordes: Velhos que paguem seu transporte – mesmo que ele se diga
público - que a minha gasolina tem preço no seu suor, que é o petróleo que move
meu motor – paguem também com seus suores sangrados que ficaram nessa enorme
construção. A cassação é um tiro ao longe, onde os cães ladram, mas não mordem.
Mas, por trás da matilha talvez haja um lobo dos bravos que, talvez, tenha sua
arcada dentária sem cáries, e alcance a caça com eficiência no cumprimento do
seu dever que é devir. Enfim... estamos no topo, a qualquer preço, de qualquer
forma, Xapecó é pop!
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 06/09
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