“O que não me destrói, me
fortalece” (Nietzsche)
Vindo da natureza, porém, muitas vezes devido à intervenção humana
desmedida no meio ambiente, um tornado é uma das mais significativas ‘representações’
(melhor, ‘apresentações’) do poder, da força desta própria natureza que, além
do equilíbrio, também é a soma dos desequilíbrios ambientais. Mais comum no
norte da América, este fenômeno também acontece, mesmo que raramente, aqui no
sul. E aconteceu na cidade vizinha de Xanxerê. Fui para lá com um grupo de
amigos/as, já que tenho também bons amigos/as naquela cidade, prestar minha
solidariedade, além da ajuda com mantimentos e mãos. O que vi foi triste. Mas, contudo,
temos a solidariedade como potência de vida e continuação. A solidariedade é
algo que une, integra, transforma, move. Assim como certo desequilíbrio
ambiental pode ser motor de uma tempestade (ou mesmo o ‘bater de asas de uma
borboleta’, como constata a teoria física do Caos), a solidariedade também
move, é integradora e motor, pois gera, soma e modifica o meio. Um ato que
também torna a humanidade possível, assim como sua continuação. Mais uma vez
visito meu amigo bigodudo para dizer que, ‘dificuldades ou tragédias
transformadas em potência nos fazem fortes’, e complemento: a partir da
solidariedade que nos faz ser uma comunidade além-fronteiras.
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 24/04.
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