Uma onda de violência fardada se prolifera no Brasil, onde muitos
nem policiais são - mas outros são! Notícias como: ‘Um vigia vestindo farda
oficial e armado (sob autorização de policiais), executa um jovem machucado e
deitado no chão com dois tiros na cabeça em meio à população, por ser garupa de
um motoqueiro que furou o bloqueio de uma blitz’; ‘Policiais em meio a um show
tiram uma banda que se apresentava do palco a força, sob acusação de apologia
as drogas’; ‘Homem fardado humilha, ofende e pratica xenofobia com um
trabalhador haitiano, frentista de um posto de gasolina’, são retrato de uma
cultura, educação e sociedade militarizada e psicologicamente desestruturada. Nas
favelas então, fazem miséria com parte da população mais pobre e indefesa. De
um lado o braço armado do Estado e de outro o tráfico organizado que, joga,
inclusive, com políticos, empresários e a própria polícia. E quem sofre? O
menos assistido pelo Estado. É urgente a desmilitarização da polícia, criada e
fundamentada no regime militar, com seus abusos e autoritarismos xenofóbicos.
Sem generalizar, pois é claro, existem bons profissionais dentro das
instituições policiais que acabam, inclusive, pagando pelos ruins. Com urgência
precisamos de instituições que usem do bom senso e da inteligência, e não da
violência que gera mais crimes.
* também publicado no jornal Folha do Bairro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário