Não bastasse a violência policial no Brasil, para somar com este
grande horror-show cultural e ideológico, temos também a violência religiosa,
dada por fundamentalistas ‘cristãos’ (ou pseudocrístãos), homofóbicos e
xenófobos intolerantes, ou por influência dos discursos políticos-ideológicos
destes. Algumas recentes notícias: ‘Garoto de 14 anos é morto a pedradas e
pancadas por causa do seu jeito de andar e por fazer suas próprias roupas –
sonhava em ser estilista’. Outra: ‘Garota de 11 anos é apredejada por vestir
branco e possivelmente ser do Candomblé, por religiosos cristãos’. Contudo,
deputados da dita ‘bancada cristã’ (ou ‘da bíblia), rezam dentro do plenário
antes das votações, ritualizando suas práticas justificadas como sendo de
‘orientações divinas’. Alguns deles lutam para implantar ensino religioso nas
escolas. Pra quê aulas de religião se nós temos a filosofia? Religião, assim
como política, é assunto para aulas de filosofia, história, sociologia e
antropologia. Aí falamos em estudo das religiões (no plural), no que concernem
seus preceitos, práticas e contextos, e não em doutrinamento e/ou ideologia.
* também publicado no jornal Folha do Bairro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário