sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Crônica de um aniversário xapecoense

Indígenas, caboclos e euros descendentes, nessa mesma ordem de chegada –  cronológica, foram os primeiros habitantes que construíram modos, vidas e culturas nessa terra. Chapecó que já foi Xapecó: ‘o caminho por onde se vê a roça’, ou ‘o caminho da roça’, e que hoje é simplesmente: Chapecó (sem mais). A cidade cresceu e eu cresci com ela, em vários aspectos. Porém, contudo, mantenho algo de criança em mim. Meu riso e minha seriedade, assim como meu naco de sinceridade, são as mesmas da minha criancice ou do meu passado criançudo. Assim como outras cidades, outros chãos, temos nossa própria história e nossa memória. História de feitos e conquistas, de progressos e avanços. Também, história feita de dores e horrores. Dos incêndios, forasteiros e um ‘linchamento que muitos querem esquecer’, a outros fatos não menos intrigantes e mais recentes, Xapecó não desiste fácil de sua alcunha de ‘Velho Oeste’. E eu, em meu silêncio gritante (ou meu grito silencioso), acordo numa segunda-feira vermelha embebida em lâminas - como em outros momentos ao longo dessa história. E a memória é resistente e não morre nunca. A memória é repleta de cores e às vezes sem cor alguma. Assim como minhas palavras, meu ser, meu pensamento vivo e constante, paridos nessa cidade em que insisto habitar.


Parabéns Xapecó!
























* também publicado no jornal Folha do Bairro, 23/08




Nenhum comentário: