Indígenas, caboclos e euros descendentes, nessa mesma ordem de
chegada – cronológica, foram os
primeiros habitantes que construíram modos, vidas e culturas nessa terra.
Chapecó que já foi Xapecó: ‘o caminho por onde se vê a roça’, ou ‘o caminho da
roça’, e que hoje é simplesmente: Chapecó (sem mais). A cidade cresceu e eu
cresci com ela, em vários aspectos. Porém, contudo, mantenho algo de criança em
mim. Meu riso e minha seriedade, assim como meu naco de sinceridade, são as
mesmas da minha criancice ou do meu passado criançudo. Assim como outras
cidades, outros chãos, temos nossa própria história e nossa memória. História
de feitos e conquistas, de progressos e avanços. Também, história feita de dores
e horrores. Dos incêndios, forasteiros e um ‘linchamento que muitos querem
esquecer’, a outros fatos não menos intrigantes e mais recentes, Xapecó não
desiste fácil de sua alcunha de ‘Velho Oeste’. E eu, em meu silêncio gritante
(ou meu grito silencioso), acordo numa segunda-feira vermelha embebida em
lâminas - como em outros momentos ao longo dessa história. E a memória é
resistente e não morre nunca. A memória é repleta de cores e às vezes sem cor
alguma. Assim como minhas palavras, meu ser, meu pensamento vivo e constante,
paridos nessa cidade em que insisto habitar.
Parabéns Xapecó!
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 23/08
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