Trabalhadores
do mundo, uni-vos! Foi assim que o Karl Marx chamou a atenção dos proletariados
do mundo para um pensamento e ação coletivas, tendo em vista seu conceito de
‘consciência de classe’. Um conceito caro, sob tudo, sob o ponto de vista da
dificuldade em torná-lo aplicável a realidade. E foi assim que surgiram os
movimentos sociais no contexto da industrialização, fenômeno da modernidade (como
tantos outros). Atualmente, outros ‘pensadores’, não tão ‘utópicos’ como Marx,
sob o ponto de vista do sonho revolucionário, pretendem menos, bem menos.
Enquanto Marx se contorce no túmulo, Emir Sader se junta ao coro de figuras
como Reinaldo Azevedo e Neymar, proclamando: ‘Somos todos macacos!’, por uma
‘raça’ mais igualitária, pelo menos no discurso, mas não necessariamente
politizada. Outro filósofo, o pop-polemista L. F. Pondé chora a falta de
mulheres disponíveis a serem ‘pegas’ no mercado da direita - na esquerda elas
sobram, segundo o próprio Pondé. Mas tudo ainda é nébula e tentativa nesse
mundo onde trabalho é discurso moralizador, muitas vezes, em ambos os lados. E
saber que o ‘Deus está morto!’ de Nietzsche, ainda causa tanto alvoroço por não
ser interpretado dentro do seu contexto. Mas tanto para parte da esquerda quanto
da direita, ‘Niti’ é um pensador aristocrata. E é por isso que nessa altura do
campeonato Valesca Poposuda é tida como grande pensadora...
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 02/05.
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