sexta-feira, 2 de maio de 2014

Laborare!

Trabalhadores do mundo, uni-vos! Foi assim que o Karl Marx chamou a atenção dos proletariados do mundo para um pensamento e ação coletivas, tendo em vista seu conceito de ‘consciência de classe’. Um conceito caro, sob tudo, sob o ponto de vista da dificuldade em torná-lo aplicável a realidade. E foi assim que surgiram os movimentos sociais no contexto da industrialização, fenômeno da modernidade (como tantos outros). Atualmente, outros ‘pensadores’, não tão ‘utópicos’ como Marx, sob o ponto de vista do sonho revolucionário, pretendem menos, bem menos. Enquanto Marx se contorce no túmulo, Emir Sader se junta ao coro de figuras como Reinaldo Azevedo e Neymar, proclamando: ‘Somos todos macacos!’, por uma ‘raça’ mais igualitária, pelo menos no discurso, mas não necessariamente politizada. Outro filósofo, o pop-polemista L. F. Pondé chora a falta de mulheres disponíveis a serem ‘pegas’ no mercado da direita - na esquerda elas sobram, segundo o próprio Pondé. Mas tudo ainda é nébula e tentativa nesse mundo onde trabalho é discurso moralizador, muitas vezes, em ambos os lados. E saber que o ‘Deus está morto!’ de Nietzsche, ainda causa tanto alvoroço por não ser interpretado dentro do seu contexto. Mas tanto para parte da esquerda quanto da direita, ‘Niti’ é um pensador aristocrata. E é por isso que nessa altura do campeonato Valesca Poposuda é tida como grande pensadora...



















* também publicado no jornal Folha do Bairro, 02/05.



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