‘Graduado em história com
especialização em filosofia e sociologia na educação, além de algumas cadeiras
em arte-educação (linguagens, especificamente falando)’. Resposta para alguém que, com
tom de voz austero, me questiona. O que o sujeito parece não saber, é que
falamos em ‘correntes historiográficas’, ou seja, linhas de pensamento e
pesquisa em história. Da história tradicional, a também chamada positivista-informativa,
temos o materialismo histórico, a partir de Karl Marx e a sociologia. Depois, a
Escola dos Annales, também conhecida como ‘das mentalidades’, e por fim, a
‘nova história’. Portanto, quando o sujeito fala em simplesmente ‘estudo do
passado’, utopia, nostalgia, o que for, está falando a partir do raso do seu
conhecimento. Nem tudo é cultura para o historiador, como alguns ‘acham’, assim
como, nem tudo é determinado. Na ‘corrente’ chamada ‘nova história’, por
exemplo, o tempo é concebido como ‘espiral’ no seu estudo e contextualização.
Portanto, história não é só aquilo que alguns sujeitos ‘acham’. Aliás, achar
sempre é pouco. Talvez não para alguns metidos a filósofos e seus ‘pensamentos’
reducionistas, mas para os que estão além de um ‘achismo’ idealista sim. É
preciso sempre olhar além dos limites da sua própria convicção, pois como diria
um próprio e grande filósofo, Nietzsche, ela, a convicção, pode ser a maior
traidora.
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 09/05
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