Uma
política que envelheceu. A brasileira. Nisso, muitos praticantes da política
oficial, envelheceram junto. Partidos históricos de luta trabalhista crentes
num mundo a ser salvo (de quê?), preconizadores de certa revolução, ‘pecaram’ em
prestigiar em demasia o tempo, se movendo pouco dentro dele, principalmente no
sentido filosófico e na busca por linguagens mais amplas e artísticas. Fixação
ideológica faz deles meios publicitários e não artísticos de comunicação e
expressão, onde as linguagens se reduzem pobres. Fixação na doutrina e
idealismo faz deles meios jornalísticos e não filosóficos de pensar. Fixação economicista
faz deles meios mecânicos e deterministas de atuação, e não libertários. Presos
na estrutura das coligações. Mas agora é hora. Na verdade, já é passado da
hora. Não precisa negar ou esquecer a história, não se trata disso. Mas sim,
botar os pés no chão e reparar a falta de boas e novas concepções de sociedade,
que priorizem um ‘pensamento chão’, filosófico, e não idealista ou simplesmente
institucional. Um debate. Um rever. Visualiza-se uma reforma política pela
frente. Acabar com a ‘prisão das legendas’ deve ser uma pauta prioritária,
pois, viver de carona pode ser perigoso. E é!
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 04/07...
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