sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dezeducar

Nos últimos anos o Brasil avançou em seus acessos e oportunidades, inclusive na Educação, com projetos como o Pró-Uni, bolsas de incentivo ao estudo e pesquisa, construção de campus universitários públicos federais por todo o país, etc., tudo isso acompanhando nosso crescimento econômico. Mas em se tratando de educação e cultura, isso não é o suficiente. O governo federal está fazendo sua parte, ou pelo menos, a parte estrutural que, de fato, lhe cabe. Precisamos, além dessa melhoria nos acessos e facilidades de compra do brasileiro, de uma educação mais abrangente e diversificada, que dê conta das diferenças e dos inúmeros conteúdos artísticos e culturais produzidos no mundo. Com a internet, esses conteúdos se disseminaram, mas ainda assim, são restritos. Nisso, precisamos contar com o trabalho de agentes culturais, tendo o professor como um deles. Nisso, o ‘educador’ precisa aumentar seu repertório de referências, sob tudo culturais, artísticas e filosóficas, no desenvolvimento de uma linguagem ampla e diversa. Disso depende uma educação que vá para além do utilitarismo do mercado de trabalho nos moldes fabris, como ela ainda é hoje. E pra isso não basta só um título acadêmico, é preciso estar ou ir além, desconstruindo o próprio modelo, que engessado limita e não possibilita.


* também publicado no jornal Folha do Bairro, 25/07.



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