Nos últimos anos o Brasil avançou em seus
acessos e oportunidades, inclusive na Educação, com projetos como o Pró-Uni,
bolsas de incentivo ao estudo e pesquisa, construção de campus universitários
públicos federais por todo o país, etc., tudo isso acompanhando nosso
crescimento econômico. Mas em se tratando de educação e cultura, isso não é o
suficiente. O governo federal está fazendo sua parte, ou pelo menos, a parte
estrutural que, de fato, lhe cabe. Precisamos, além dessa melhoria nos acessos
e facilidades de compra do brasileiro, de uma educação mais abrangente e
diversificada, que dê conta das diferenças e dos inúmeros conteúdos artísticos e
culturais produzidos no mundo. Com a internet, esses conteúdos se disseminaram,
mas ainda assim, são restritos. Nisso, precisamos contar com o trabalho de
agentes culturais, tendo o professor como um deles. Nisso, o ‘educador’ precisa
aumentar seu repertório de referências, sob tudo culturais, artísticas e
filosóficas, no desenvolvimento de uma linguagem ampla e diversa. Disso depende
uma educação que vá para além do utilitarismo do mercado de trabalho nos moldes
fabris, como ela ainda é hoje. E pra isso não basta só um título acadêmico, é
preciso estar ou ir além, desconstruindo o próprio modelo, que engessado limita
e não possibilita.
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 25/07.
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