sexta-feira, 4 de julho de 2014

Leituras do Cotidiano, 04/07

Coligações, legendas, ideologias e a política envelhecida


Idealismo e governismo: ambos navegam em águas inóspitas...

Penso que, a parte menos segmentadora ou mais 'equilibrada' da dita 'esquerda' (não esquerdista), deva 'se coçar' para uma 'reforma política' que dê conta de mudar ‘essa prisão chamada legenda’. Caso contrário, a tendência é só piorar. E isso ainda não será o suficiente. Ou seja, além disso, aprimorar um debate (e atuação) mais contundente a ‘nível sociocultural’, para além do viés econômico e institucional (tradicional), elevando o vínculo filosófico com teóricos que tratem disso (comunicação, linguagens artísticas e pensamento filosófico, com pitadas de sociologia e história). Uma outra perspectiva, pouco lida, ouvida, estudada, pensada e praticada pela política oficial envelhecida (que é muito mecânica e pouco criativa, diga-se de passagem). As coisas mudam e estão em constante transformação, mas para os reprodutores dessa política velha, parece que não.  'Idealismo, economicismo e utilitarismo', por mais peculiares que possam ser, dão cor a essa estrutura que só se move quando ameaçada (e se move muito bem, conste!). Rever o modo de pensar, ler e aplicar teorias é necessário, aprimorar linguagens e leituras conjunturais, assim como as relações humanas e de poder, tendo em vista a arte ao invés da publicidade e a filosofia ao invés do jornalismo (discurso, doutrina e ideologia), a caminho de uma 'desconstrução' que possibilite uma nova política, para um novo homem que quer,
urgentemente  nascer...


A Copa e a educação brasileira: 'deseduquem os adultos!'

A Copa do Mundo de Futebol no Brasil deixará legados. Um deles é a 'possibilidade' de percepção das diferenças de postura, comportamento e educação da população, das nossas ditas 'classes sociais'. Fora dos estádios (atuais 'arenas'), nas ruas ou nas casas, um povo, em grande parte, respeitoso quanto às diferenças, receptivo e simpático frente a outras culturas (estrangeiros que vieram para a Copa). Dentro dos estádios, parte significativa de um povo, também educado, mas não para tolerar as diferenças, nem para ser coerente. Um 'povo' (grupo de pessoas, ou 'elite'?) que paga um preço alto para ver os jogos, e que manda, na sua incoerência ou contradição, em coro, a presidenta 'tomar no cú' na inauguração do evento, mostrando para o mundo sua 'postura', sua educação. Um 'povo' que vaia o hino de um time de um país quase vizinho, ignobilmente, entre outros. O Brasil, um 'gigante pela própria natureza', talvez ainda não seja uma 'nação', pois, além do nosso território ou país ser composto por 'diferenças' que o enriquecem, também é composto por 'desigualdades' e mediocridades que o empobrecem, mediocridades essas, vindas justamente daqueles que, muitas vezes, reclamam um país sem corrupção e educado, em seus discursos reprodutores e tão incoerentes quanto suas atitudes.


Tchau Sarney!














Símbolo de uma política envelhecida que ainda existe. Mas, até que enfim! Não vai deixar saudades, apenas heranças deploráveis. Poderia levar parte significativa do PMDB junto consigo, nesta ida que, torço, nunca mais volte.

* Obs.: Não morreu, se 'aposentou' da 'vida pública'.



 * também publicado no jornal Gazeta de Chapecó.



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