De
Joaquim Barbosa a Neymar, a grande mídia ideológica e oficial brasileira
fabrica e promove seus ídolos, ícones, heróis ou semideuses. Qual será o
próximo? Promoção facilitada pelo vício em cinema hollywoodiano, publicidade em
torno das estrelas (ídolos de sucesso), idealismo, status esportivo e a cima da
riqueza, entre outros, de parte significativa da população boquiaberta
brasileira. Uma sociedade iludida, alienada, onde, volta e meia, surgem alguns
‘heróis’ que irão libertar ou salvar essa mesma sociedade. Do quê? Dela
própria, já que quase não se suporta. Heróis que, ao invés de libertar,
escravizam, alienam, causam uma sensação de dependência deles (os heróis) nos sujeitos
passivos. Eis a função do ícone, muito bem aproveitada pela ideologia dos meios
de comunicação de massa e pela publicidade política e de mercado. É assim que
se conduz uma manada, tática também da maioria das religiões. O pastor e suas
ovelhas, todos abaixo do ‘escolhido’, do ‘iluminado’ senhor das vontades.
Idólatras acham que se determinam, mas são determinados, geralmente
inconscientemente, e quando alguém mexe com seus ídolos, viram monstros e
escudos, saindo em suas defesas. Idólatras, geralmente, são como cães que
ladram, mas não mordem, antes, obedecem com alegria sacolejando seus rabos...
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 11/07.
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