sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Leituras do Cotidiano, 17/10

Segundo turno é 'fogo na caixa d’água' *

Semanas pré-definição do segundo turno para os presidenciáveis em chamas. A peleja é grande e uns e outros armados para o embate. Embate desigual, diga-se de passagem. O governo atual não teve condições suficientes de peitar a ‘liberdade’ promíscua dos meios oficiais de comunicação de massa, assim com, para fazer as urgentes e necessárias reformas no país. São elas: reforma midiática, judicial, política e educacional (não necessariamente nesta ordem). A estrutura é muito forte e consolidada. Estrutura onde quem predomina são aqueles que têm seus interesses permeados pelo capital (fato: vivemos num modo de produção capitalista, onde o capital – ou a riqueza – determina muito do que é o modo de vida e a política). Nisso, o maior poder de mando (e desmando) é obediente ao capital. Então, quem são os maiores poderosos? E com quem eles estão nesta jogatina eleitoral? Apenas perguntas de um cidadão que lê.

* Frase de uma música do cantor chapecoense dos anos 70 Tyto Livi.  


Censura política na Folha & a demo-cracia que muitos fazem não ver...

‘Pedido espontâneo de demissão’ da Folha de São Paulo pelo escritor, cronista e jornalista Xico Sá nesta semana que passou, fez lembrar de uma feita, aqui mesmo em Xapecó, d’onde ‘um cronista qualquer aí’, de ‘um jornal mais qualquer aí ainda’, que passou pela mesma situação quando teceu considerações a respeito do ‘suicídio mal homicidado’ (ou ‘homicídio mal suicidado?’ – leia-se caso Marcelino Chiarello, ainda não resolvido pela incompetência ou interesse do ‘tempo’ – ou de ‘deus’, é claro!). Casos típicos de uma ‘demo-cracia plástica’ que ocorre nessas instâncias. É a nossa ‘im-parcial’ imprensa-empresa jornalística que trama com seus beneficiários-beneficiados em pró da saúde deste sistema ‘mui justo’ e ‘coerente’ com a informação e comunicação, é claro! – novamente. Censura política deslavada. ‘Democracia’, eim ‘empresários’ da comunicação ‘aécioanos’?! Ou vão me dizer que são ‘dilmaenos’?! Minhas saudações ao ético-libertário Xico Sá!

"O faroeste moderno se chama 'Onde os fracos não têm vez'." (Xico Sá)


Viva a Revolução?

Velho Oeste, Outubro de 2014. Uma banda do chamado rock 80 nacional, também dita publicitariamente como ‘a maior banda do Brasil’ (pra quem?), esteve em Xapecó para um show-festa. Neste evento, o vocalista também conhecido como ‘o cara’, na carona de um discurso rebelde de roqueiro velho que se maquia novo, mas que está fora do tempo (assim como muito do discurso massivo e reprodutor de muito da roqueirada por aí), resolveu, próximo ao cantar uma musiqueta em que diz: “Essa porra é Brasil!” (‘baita frase!’ – sqn), fazer uma ‘pesquisa’ eleitoral, onde, em coro, a maioria que se manifestou foi a favor do candidato tucano Aécio. ‘O cara’, aproveitando o ensejo e, porque talvez não tinha nada de mais profundo ou poético para falar, ainda falou da ‘corrupção na Petrobrás’, seguindo o raso discurso midiático atual. Oportuno, não? Fácil, não? E os estereótipos se mantém no reforço desses ‘artixtas’ midiáticos. Enquanto isso: ‘Não se faz mais rebelde, revolucionário e nem roqueiro como antigamente!’, pestaneja o velho ouvindo um disco do Bob Dylan. 


* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó.



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