Segundo turno é 'fogo na caixa d’água' *
Semanas pré-definição do segundo turno para os presidenciáveis em
chamas. A peleja é grande e uns e outros armados para o embate. Embate
desigual, diga-se de passagem. O governo atual não teve condições suficientes
de peitar a ‘liberdade’ promíscua dos meios oficiais de comunicação de massa,
assim com, para fazer as urgentes e necessárias reformas no país. São elas:
reforma midiática, judicial, política e educacional (não necessariamente nesta
ordem). A estrutura é muito forte e consolidada. Estrutura onde quem predomina
são aqueles que têm seus interesses permeados pelo capital (fato: vivemos num
modo de produção capitalista, onde o capital – ou a riqueza – determina muito
do que é o modo de vida e a política). Nisso, o maior poder de mando (e
desmando) é obediente ao capital. Então, quem são os maiores poderosos? E com
quem eles estão nesta jogatina eleitoral? Apenas perguntas de um cidadão que
lê.
* Frase de uma música do cantor chapecoense dos anos 70 Tyto
Livi.
Censura política na Folha & a
demo-cracia que muitos fazem não ver...
‘Pedido espontâneo de demissão’ da Folha de São Paulo pelo
escritor, cronista e jornalista Xico Sá nesta semana que passou, fez lembrar de
uma feita, aqui mesmo em Xapecó, d’onde ‘um cronista qualquer aí’, de ‘um
jornal mais qualquer aí ainda’, que passou pela mesma situação quando teceu
considerações a respeito do ‘suicídio mal homicidado’ (ou ‘homicídio mal
suicidado?’ – leia-se caso Marcelino Chiarello, ainda não resolvido pela
incompetência ou interesse do ‘tempo’ – ou de ‘deus’, é claro!). Casos típicos
de uma ‘demo-cracia plástica’ que ocorre nessas instâncias. É a nossa
‘im-parcial’ imprensa-empresa jornalística que trama com seus
beneficiários-beneficiados em pró da saúde deste sistema ‘mui justo’ e
‘coerente’ com a informação e comunicação, é claro! – novamente. Censura
política deslavada. ‘Democracia’, eim ‘empresários’ da comunicação
‘aécioanos’?! Ou vão me dizer que são ‘dilmaenos’?! Minhas saudações ao
ético-libertário Xico Sá!
"O faroeste moderno se chama 'Onde os fracos não têm vez'." (Xico Sá)
Viva a Revolução?
Velho Oeste, Outubro de 2014. Uma banda do
chamado rock 80 nacional, também dita publicitariamente como ‘a maior banda do
Brasil’ (pra quem?), esteve em Xapecó para um show-festa. Neste evento, o
vocalista também conhecido como ‘o cara’, na carona de um discurso rebelde de
roqueiro velho que se maquia novo, mas que está fora do tempo (assim como muito
do discurso massivo e reprodutor de muito da roqueirada por aí), resolveu,
próximo ao cantar uma musiqueta em que diz: “Essa porra é Brasil!” (‘baita
frase!’ – sqn), fazer uma ‘pesquisa’ eleitoral, onde, em coro, a maioria que se
manifestou foi a favor do candidato tucano Aécio. ‘O cara’, aproveitando o
ensejo e, porque talvez não tinha nada de mais profundo ou poético para falar,
ainda falou da ‘corrupção na Petrobrás’, seguindo o raso discurso midiático
atual. Oportuno, não? Fácil, não? E os estereótipos se mantém no reforço desses
‘artixtas’ midiáticos. Enquanto isso: ‘Não se faz mais rebelde, revolucionário
e nem roqueiro como antigamente!’, pestaneja o velho ouvindo um disco do Bob
Dylan.
* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó.
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