“Um grande equívoco de parte
significativa da dita esquerda brasileira é achar que o movimento (leia-se
protestos do último dia 15) é feito só por grupos de ‘elite’. A ideologia é da
elite, os interesses são da elite, o dinheiro é da elite, os porta-vozes são vozes
da elite, mas essa ideologia é ardilosa o suficiente pra infectar as mentes de
todas as camadas sociais. É uma ideologia baseada em medo, ódio e ignorância, e
infelizmente esses elementos tem uma força de mobilização muito poderosa, mais
do que a razão e a solidariedade.” Foi mais ou menos assim que o historiador e professor
da UFFS, Ricardo Machado, descreveu um pouco do contexto sociocultural e
político atual, referente às recentes manifestações pelo país. Ou seja, além de
politização (o que muitas vezes não passa de ‘doutrinamento’), precisamos de
consciência artística e filosófica (ação na cultura), caso contrário,
continuaremos vulneráveis a forma mais forte de ideologia que pode existir, a
ignorância. Já diria Einstein que, ‘é mais fácil desintegrar um átomo do que um
preconceito’. Portanto, é fundamental que, o governo e a esquerda brasileira (sob
tudo a que ocupa espaços oficiais e institucionais) comecem a fazer o dever de
casa, armando a sociedade de conhecimentos diversificados e aprofundados, pois,
nem só de consumo e cartilha vive o povo.
* também publicado no jornal Folha do Bairro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário