quarta-feira, 20 de maio de 2015

Deus-ciência e o hiperespetáculo

Em ciência não há 'verdades', apenas 'hipóteses' e/ou 'teses'. Como é em outras áreas do conhecimento. Porém, muitos parecem não saber disso. Munidos por alguma tradição religiosa, acreditam piamente na ciência como sendo um ninho de verdades. Nietzsche, meu amigo bigodudo, acertou em cheio! Depois do deus medieval já morto, único, redentor e repressor, um novo deus surge, agora na modernidade, e ele leva o nome de ciência. A crença aparentemente inabalável nos deuses. Até quando? Mesmo com as contradições expostas, quase que diariamente publicadas, sobre os estudos e verdades da ciência. A serviço de que? De quem? Do outro lado deste texto ouço alguém pensando: ‘Este Herman é louco!’. De fato, sou louco. Sou um homem contemporâneo. Esperava o que? Este excesso de informações e desinformações que vemos diariamente pela internet e pela televisão (a confusão gerada pelo mundo dos excessos, da informação dita 'livre' - e não da comunicação) só fortalece a crítica de ‘Niti’ sobre a modernidade religiosa e seu deus, suas crenças e valores, quase tudo virtual. A 'cultura jornalística' engole a 'cultura filosófica' (como também bem anotou ‘Niti’). E assim, está como está. É só contemplar, consumir, reproduzir e não pensar.  Como anotou Juremir Machado da Silva, é o ‘mundo hiperespetacular'. Bem vindos!



* também publicado no jornal Folha do Bairro.



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