domingo, 3 de junho de 2012

Um abraço nas possibilidades

Essas contradições! Elas nos pegam de surpresa. Mas, uma contradiçãozinha de vez em quando, pode servir como geradora de possibilidades - quando essa é proposital, é claro! E o mundo virtual da internet, do (al)face book está cheio delas. Pior que uma contradição mal dada, só uma incoerência. Falta de cautela nas publicações e/ou postagens? Ou falta de conhecimento mesmo? Fato: falta de fundamentação, argumentação e reflexão sobre as temáticas tratadas, publicadas ou postadas. O excesso de informações e o modo medíocre com elas se propagam, acabam gerando um problema de comunicação. Algumas ‘verdades’ assim são exteriorizadas, baseadas em velhos, redundantes e passados conceitos. Projetam-se mundos e ‘verdades’ ideais, que são compartilhados devido às velhas crenças, aos velhos ‘conhecimentos’ (ou a falta deles!). Muito discurso, muita reprodução. Valores estacionados no tempo que predominam sobre a desconstrução deles, dos conceitos, das formas e modos de (des)construir o pensamento. A história é feita de versões dos fatos e não de ‘verdades’. Se se busca ‘verdade’, isso não significa que, necessariamente, elas existam. E o historiador, tanto como o filósofo, deve saber disso, e a partir disso, buscar seus caminhos enquanto ‘pesquisador’ e ‘pensador’. O cidadão ou indivíduo, independente do que seja ou de sua função na sociedade, também tem seu conhecimento. Todos tem. Porém, também, todos precisam atentar para ele – o conhecimento – para que ele não se torne ‘verdade’, ou, em outras palavras, ‘determinismo’. A verdade pode ser tão subjetiva quanto à existência do diabo, e o determinismo acaba em imposição de valores, culturas, pensamentos, uns sobre os outros, o que, por sua vez, acaba dando a ‘direção’ da sociedade e seus ‘saberes’. Por isso é que, às vezes, acabamos por reproduzir vulgarmente idéias, conceitos e ideais que acabam refletindo em práticas. Sofremos no contemporâneo, a fragmentação do conhecimento e, conseqüentemente, a fragmentação do pensamento.  É preciso voltar a olhar o mundo de forma abrangente, com grandiosidade e não reducionismos. Um bom observador, um bom pensador que analisa e percebe o mundo a sua volta, com todas as suas diversidades, é um ser sensível, que munido de referências variadas, acaba por relacioná-las entre si e com o meio, e a partir disso, passa a viver mais intensamente os momentos. Isso é ter consciência histórica e de si e certo conhecimento do seu meio, além de ter uma boa relação com o outro.  Na atualidade lidamos com algo nunca experimentado antes, ou seja, a variedade e ‘democratização’ das informações através da internet. Então, façamos um uso, no mínimo, interessante disso. As possibilidades estão aí, basta que as abracemos com vontade.



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