sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Leituras do Cotidiano - 21/02


Demagogia Zero

ACIC (Associação Comercial e Industrial), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e o SICOM (Sindicato do Comércio), lançam a campanha “Chega  de violência: Chapecó unida exige segurança”. E a coruja que pensa, pensa: “Xapecó pode ser menos violenta quando existir programas socioculturais nos bairros, Centros de Arte e Cultura na periferia, assim como uma atenção especial para a Educação. Mas só falam e policiamento, repressão, ‘segurança’, sendo que, segurança é algo bem subjetivo, discurso usado em períodos eleitorais (alguém lembra do ‘Tolerância Zero!?’). Certa feita, um prefeito falou: ‘Aqui em Xapecó bandido não se cria!’ – remetendo-se aos ‘ladrões de galinha’. Uma lagarta disse que entidades como as da campanha “Chega de violência”, de alguma forma, fazem parte do governo, apoiando, financiando e até direcionando aspectos da política local. Só falam em comércio, vendas, lucros, desenvolvimento econômico-material. E o desenvolvimento cultural, intelectual, artístico, humano que uma cidade precisa para não se tornar bruta? ‘Reprimir sem educar não ajuda em nada!’ Postos policiais nos bairros (com o nome tipo: ‘atendimento a comunidade’), com profissionais bem capacitados para o atendimento e não apenas ‘repressivos’, junto aos fundamentais Centros de Arte e Cultura, podem possibilitar melhorias nessa horrenda condição. O mais é discurso, demagogia, hipocrisia dos também responsáveis por essa realidade violenta, pois ‘violência não é só aquilo que se vê’.”


Filosofia? 

Universidades, escolas, cursos e muitos professores de filosofia, ensinam 'sobre filosofia' e/ou 'história da filosofia', assim como, apresentam aos seus alunos 'aspectos do pensamento de alguns filósofos', mas não FILOSOFIA!
 

No que, muitos estudantes acreditam que um dia serão filósofos por simplesmente terem acesso a essa 'transmissão' de 'informações' legitimadas e autorizadas pela academia. Pior são alguns professores que 'acessam' e citam certa quantia de teóricos, dominam certas técnicas, alguns conceitos e formas da linguagem filosófica (sob tudo acadêmica e formal), e pensam, falam e/ou escrevem, convictos ou convencidos que são filósofos por isso. Os poucos 'filósofos' que conheci (praticantes do pensamento de forma 'autêntica' e sem prisões na 'titulação autorizada'), nem sequer tem (de)formação na área. A maioria deles são poetas, compositores, 'homens comuns', caboclos, loucos varridos que bebem e perambulam pelo mundo, muitas vezes, invisivelmente. Filósofo não é aquele que ostenta um título ou assina como tal. Visão peculiar de quem transpassa a filosofia academicista clássico-socrática, é claro, e a percebe no antes e no depois...


Das (des)educações...

- Ei, Herman! pra que estuda e pesquisa tanto?

- Para submeter-me aos métodos e grades curriculares. Para submeter-me as formalidades e burocracias. Talvez, por um falso status ou para engordar o intelecto e matá-lo de infarto. Ou por hobby, ímpeto sadomasoquista. Algo assim! (ironia! - não do destino, mas da ordem sociocultural).



* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó...



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