Eleições a vista, e qual candidato tem em seu plano de governo
como prioridade a Educação? E quando falo em Educação me refiro a uma Educação
complexa, profunda, sensível, e não essa ‘rasura’ a que chamam Educação. ‘Preparar
o estudante para o mercado de trabalho’, eis a máxima (entre outras) que trata a
Educação como uma superfície preconizada pela vulgaridade. Ao contrário disso,
o que se vê são raposas velhas e moralistas reproduzindo o grotesco. Alguns
candidatos gastam seu tempo para defender a ‘redução da maioridade penal’, por
exemplo, (entre outras distorções), ao invés de promoverem o pensamento, a
política do bom senso e da coerência em seus discursos. Mas é claro, eles pouco
ou nada sabem sobre isso, pois vivem de tramas e circo, fazendo da política um covil
raso e funesto. Assim como os pensadores Schiller e Nietzsche, defendo uma
‘Educação estética’, ou seja, uma Educação que cultive a sensibilidade no
sentido da criação de uma ‘cultura superior’, para uma ‘humanidade superior’
(ver conceito Nietzschiano), na qual, filósofos e artistas sejam os Educadores,
ou vice-versa – pois, mais do que conhecimentos formais ou ações punitivas,
precisamos de sabedoria e sensibilidade, coisas que só a ‘prática do bem
pensar’ e certa ‘linguagem artística’ podem nos dar.
(imagem: pintura de Odilon Redon, artista plástico)
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 05/09.
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