sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Educação e política

Eleições a vista, e qual candidato tem em seu plano de governo como prioridade a Educação? E quando falo em Educação me refiro a uma Educação complexa, profunda, sensível, e não essa ‘rasura’ a que chamam Educação. ‘Preparar o estudante para o mercado de trabalho’, eis a máxima (entre outras) que trata a Educação como uma superfície preconizada pela vulgaridade. Ao contrário disso, o que se vê são raposas velhas e moralistas reproduzindo o grotesco. Alguns candidatos gastam seu tempo para defender a ‘redução da maioridade penal’, por exemplo, (entre outras distorções), ao invés de promoverem o pensamento, a política do bom senso e da coerência em seus discursos. Mas é claro, eles pouco ou nada sabem sobre isso, pois vivem de tramas e circo, fazendo da política um covil raso e funesto. Assim como os pensadores Schiller e Nietzsche, defendo uma ‘Educação estética’, ou seja, uma Educação que cultive a sensibilidade no sentido da criação de uma ‘cultura superior’, para uma ‘humanidade superior’ (ver conceito Nietzschiano), na qual, filósofos e artistas sejam os Educadores, ou vice-versa – pois, mais do que conhecimentos formais ou ações punitivas, precisamos de sabedoria e sensibilidade, coisas que só a ‘prática do bem pensar’ e certa ‘linguagem artística’ podem nos dar. 

(imagem: pintura de Odilon Redon, artista plástico)


* também publicado no jornal Folha do Bairro, 05/09.



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