sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O preço da despolitização

Corrida eleitoral a mil. Grupos sociais, militantes e partidos mobilizados. Nomes e nomes concorrendo. Velhas promessas, novas realidades: incompatibilidade ou incoerência. Algo de contradição. Algo de sinceridade. Nem tudo ou nem todos são ‘a mesma coisa’ como o senso comum diz, reproduzindo discursos feitos. Neste ‘jogo’ é importante que tenhamos pessoas comprometidas com a sociedade (antes que alguém reclame, elas existem sim. Talvez não muitas, mas existem). Comprometimento a partir das necessidades das pessoas, das comunidades, e não dos interesses privados. Política não é pra isso, mas, em muitos casos, se tornou. Política na sua forma ampla e pública deve ter olhos para o coletivo e não para grupos organizados de poder. Difícil para muitos é saber quem é o que nisso tudo. A questão não é simplesmente a proposta do seu candidato ou seu discurso. A questão é o que ele representa. Ou seja, o que está por trás dele. Nisso, alguma pesquisa cai bem. Isso pode apontar a diferença entre uma coisa e outra. Agora, se você vota por interesse particular, só seu, dentro de seu reduto, também depois, não pode reclamar que está sendo usurpado ou explorado pela política. Fez por merecer. O jogo é assim. Quem quer privilégio, no fim, geralmente, paga o preço, e ele carrega consigo irreparáveis perdas... 


* também publicado no jornal Folha do Bairro, 19/09



Nenhum comentário: