Meu título de hoje é o refrão de uma canção da banda de rock
Cólera. Banda punk que ouvia muito em meados dos anos 90 (e ainda ouço). Até
quando ‘esta violência’ visível, televisionada, vulgarizada, banalizada,
consumida e consumidora vai ser um dos grandes ‘alimentos’ do ‘espetáculo nosso
de cada dia’? E qual violência é a pior? A física? A moral? Socioeconômica?
Cultural/educacional? Psicológica? Na TV: ‘Menina de 4 anos é vítima de bala
perdida! Agricultor é vítima de latrocínio! Surfista é vítima de policial!’
Etc., etc., etc. Tudo tem um fundo. Um começo. Mas não necessariamente um fim.
No meio do tiroteio: Traficantes e Estado (polícia) fazem vítimas inocentes.
‘Combate às drogas?’. Piada? Hipocrisia? Ou burrice mesmo? Vale mesmo a pena?
Porque se rouba, porque se mata? Simplesmente por opção? Maldade? Tudo é
pessoal? E a sociedade, a cultura, o modo de vida, como ele é, tem uma ‘moral’
a altura para cobrar ou exigir ou falar em ‘paz’? Ou tem parte nessas
‘violências’? E nós, seres históricos, presentes, vivos, ‘o que somos’ ou ‘quem
somos’ ou ‘onde estamos’ nisso? ‘Pessoas de bem’? Até quando e por quê? É o
sangue? A raça? Religião? ‘A propriedade é um roubo!’, diria um velho utópico.
(Obs: sujeito a ‘interpretações’): “Queremos, exigimos segurança em um modo de
vida, em uma cultura, insegura”.
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 25/01.
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