O velho precede o novo. Nada vem do nada. Tudo vem do tudo. No
mundo existe um movimento constante onde um tempo precede o outro, em que o
Caos foi – ou é – o gerador inicial. A não forma que forma e depois deforma
novamente para formar de novo. Assim é que o calendário organizado dá a
sensação de que algo novo acontece de tempo em tempo. O tempo marcado, mapeado
e constituído em organização simbólica. Mas o tempo não passa, nós é que
passamos por ele. O tempo é eterno como é eterna a vida em movimento. Vida
parada é morte. E a morte é sem tempo. Ela acontece independente da vontade e
da razão. Assim como o tempo. Parecem extremos que se juntam para mostrar que
tudo tem sua validade. Como diria o velho pensador: “Tudo o que é sólido se
desmancha no ar”. Karl Marx, o pai da teoria comunista, o grande sociólogo
materialista da história, um precursor do que muitos chamam ‘pós-modernidade’,
mesmo outros torcendo o nariz pra isso. Só retornar a frase de Marx citada
anteriormente, refletir sobre ela e perceber a relação com o ‘pós-moderno’. Mas
o pós é aquilo que ainda não veio, não é? Eis mais uma ‘charada’ do tempo. Enfim.
Desejo que esta continuidade traga possibilidades para nós que, ocupamos o
tempo com alegria criativa e perseverança de caminhar, pois o caminho só existe
por causa dos passos. Saúde e continuação!
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 02/01/2015.
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