sábado, 24 de setembro de 2011

O setor privado é quem manda no país












Homem público... serviço público!

Tenho que concordar. Todo homem público deveria se utilizar apenas de serviços públicos. Deputados, vereadores, senadores e demais ‘das dores’, ter seus filhos matriculados em escolas públicas. Só poder usar hospitais públicos e o sistema único de saúde. Quero ver se a coisa não muda. Aquela coisa, ‘ou dá ou desce!’. E ainda assim, há escolha. Há não ser na guerra, sempre há escolha. Talvez assim, tenhamos um dia no Brasil educação e saúde públicas de qualidade. É o jeito! E porque não? Não trabalham para o público – com o público? Então? Qual é o problema? (o último resultado do ENEM nos dá uma provinha disso – todos os estudantes bem colocados estudavam em escolas privadas). Aliás, na boa, o setor privado nem deveria existir quando se trata de necessidades básicas do ser humano e da sociedade. Nisso, quase tudo seria público, inclusive a terra, o chão. Acabaria o problema agrário, de concentração de terra, os latifúndios, esse atraso! Utopia minha? Sim, eu sei. E das grandes! Mas não custa um pouco viajar. E eu até gosto de, às vezes, dar uma saída por aí. Ver o mundo com os olhos da esperança, da ilusão, do sonho. Meus olhos surreais. Mas admito, sou mais dadaísta que surrealista, e se isso te assusta, imagina quem atravessa meu caminho só pra encher meu saco. Aí já viu! Pronto, agora falei como se eu fosse perigoso mesmo. E sou. Mas só um pouco, ok? Na real, não sou tão perigoso quanto alguns imaginam, mas nem tão pacífico quanto desejam. Isso depende muito do dia, dos motivos. Sou um pouco movido por motivos. Os mesmos motivos pelos quais estou aqui a provocar essa questão. Se a política oficial, em tese, existe para bem administrar o que é público, como bem representar a população, quanto aos seus anseios e necessidades, então, qual é o motivo que impede os parlamentares de votarem uma lei que os obrigue a utilizar apenas serviços públicos? Não é por isso que eles lutam? Não é esse o discurso em épocas de eleição? Então? Vamos lá! Vamos se coçar aí gente! Ta mais do que na hora. Vamos ver se são isso mesmo! Pra que temer? Estão aí pra isso, não estão? No hay pobrema, hay? Yo lo creo que no! Entonces! Adelante! Yá!


O público e a privada

Estive doente. Fui na corrida até o posto de saúde aqui perto de casa. Um início de infecção gástrico-intestinal. Cheguei ao posto era aproximadamente 13h10min., e saí de lá já era 16h. Se tem coisa que me irrita é a espera. Não suporto muito ficar aguardando as coisas acontecerem. Coisa minha. Defeito meu. Mas minha irritação não foi apenas pela espera, mas sim, por ver como anda a saúde pública. Pra início de conversa, até o termômetro não estava funcionando, imaginem! Pessoas simples, velhos, grávidas, mães com crianças de colo, crianças, todas na espera, no sofrimento do aguardo para ter um pouco de dignidade humana no que se refere à saúde, que, pela constituição nacional, é direito de todos. Pra mim não há mais justificativas. Antes, era porque o Brasil era um país subdesenvolvido. E hoje, qual é o pretexto? O Brasil cresceu economicamente, a ponto do governo dos EUA pedir ajuda pra nós. ‘E aí, o que é que ta pegando então, bicho?!’. Agora vou me permitir enfiar tudo no mesmo balde (ou na mesma pocilga?). O tucanato brasileiro é nitidamente a favor de privatizações, inclusive da saúde e educação, e o PT que, de certo modo tem dedos no crescimento do país, ainda não prioriza a saúde nem a educação. Investirá fortunas na copa do mundo de futebol, enquanto o povo que espere! E então? Do que adianta o crescimento econômico se a população mais necessitada vive na penúria? Não senhores, não adianta! Olho pra fora e vejo Xapecó com seus altos prédios, carros importados e luxuosos que passam pra cima e pra baixo. Mas no posto de saúde, a realidade é outra. Então, como é que eu não vou me irritar com isso? Enquanto um Pavan da vida passa como um raio de luz pelo governo do estado e já se aposenta com uma generosa quantia, enquanto a riqueza aqui na cidade cresce na mão de alguns, enquanto isso, nossa educação pública e nossa saúde pública, ambas, andam em passos de tartaruga. Sim, eu reclamo. Mas antes que alguém pense que eu só sei fazer isso, dou a minha solução. Um teto. Isso mesmo. No Brasil ninguém pode ganhar mais de ‘tantos réis por mês’, ninguém! Divisão de riquezas! A quantia que superar o valor estipulado é investida na saúde e educação. Políticos, juízes e qualquer outro homem público, os comandantes da sociedade, só podem se utilizar de serviços públicos, principalmente saúde e educação. Pronto, não é tão difícil! Mas, agora, vai perguntar se eles aceitam ou concordam com isso! E por quê?! Adivinhem!

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