quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pessoa(s)!

Meus dedos doem enquanto eu escrevo mais um texto. Abro um tinto chileno pra relaxar. Sou pessoa. Não Fernando (ou como Fernando), mas pessoa. Aliás, todos somos pessoas. Deixei os poemas de lado pra que esse espaço tivesse minha assinatura. A assinatura de uma pessoa. Pra alguns, ‘persona non grata’. Mas querido pra outros. Assim são as pessoas. E assim é que me faço pessoa também.  Independente dos gostos alheios. E você, como se faz pessoa? Se eu fosse Fernando, também seria pessoa. Mas mesmo assim, não seria Fernando Pessoa. Você já leu, né? Ou pelo menos já ouviu falar! Vou considerar que sim. Acho que não conheço nenhuma pessoa que nunca tenha lido ou pelo menos ouvido falar em Fernando Pessoa. Sim, Fernando Pessoa, além do maior nome da poesia em língua portuguesa, também foi uma pessoa. Como eu. Como você. Como nós. Carne, osso, sangue nas veias. Estômago, rins, pulmão. Pessoa, o Fernando, escreveu. Você e eu, também escrevemos. Do nosso jeito. Da nossa forma. Escrevemos nossa própria História, personagens de nós mesmos. Entre contar uma ‘estória’, entre discorrer sobre algum tema, algum assunto, pessoa que sou, me faço também pela relação com o meio e com o outro. O que seria de eu sem o outro? Se não fosse o outro, eu não existiria. Aliás, nenhuma pessoa existiria. Nem pessoa, nem Fernando Pessoa ou Fernando algum. E na minha relação com o outro também tem a comunicação. Além de uma necessidade básica, a comunicação faz parte do meu trabalho. Quando estou em sala de aula lecionando, estou me comunicando. Quando estou tocando com a Epopeia por aí, também. Quando escrevo aqui ou no meu furodebala, a comunicação está acontecendo. Enfim. A comunicação é minha função principal, pois nenhuma arte, nenhuma linguagem existe ou é percebida e admitida como tal se não gerar um movimento que se chama comunicação. É o ato de uma pessoa, e Fernando Pessoa está aí para nos mostrar. Além de poeta, Pessoa foi um grande comunicador. Sua linguagem, sua forma: os versos. Eu como comunicador ou como pessoa que se comunica - com crianças, com animais (e um pouco com adultos), também me arrisco em versos e em versões... Vejo poesia em tudo aquilo que é rejeitado - & tenho versões crônicas pras coisas... Assim como Fernando. Assim como pessoa.



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