sábado, 24 de setembro de 2011

Paz?















A execução de mais um homem nos Estados Unidos. Era negro, pra variar! Acusado de matar um policial no ano de 1989. Provas duvidosas. Testemunhas contraditórias. Milhares de protestos contra a execução. Mas mesmo assim foi executado. Era negro, pra variar! (não custa repetir). Se fosse branco, aconteceria o mesmo? Ou da mesma forma? Não sei. Também é minha pergunta. Vi imagens da família do policial. Na entrevista, a filha e a mãe sedentas por vingança. Chegavam a tremer de ódio. E o fato foi consumado. Culpado, inocente ou não, já não interessa mais. Já foi! Pagou. Não pelo crime que possivelmente tenha cometido – ou não, mas por essa ordem social nojenta dos EUA, Estado assassino de um país dito civilizado. Crimes não podem acontecer não é? Mas pelas mãos do Estado podem! E é isso que chamam de justiça por lá. Por aqui, muitos também chamam. Aquela velha máxima: ‘olho por olho, dente por dente!’. Mas quando é que foi feito realmente justiça? E que conceito é esse tão mal tratado, mal usado, mal constituído? Justiça o cacete! Os penalizados, na maioria das vezes sempre foram, e ainda são, os que não têm nenhum status para sua própria defesa. Tem uma frase anarquista de que eu não esqueço, que diz: “O Estado cria suas vítimas para depois penalizá-las”. E ela faz sentido. Muito sentido! Os mais ingênuos vêem o Estado como o salvador da sociedade. Acreditaram num conto de fadas que lhes contaram um dia. Uma criança de apenas dez anos de idade, desta vez aqui no Brasil, em São Paulo, armada com um revólver, atira na professora em sala de aula e depois atira contra sua própria cabeça. Dizem que sofria Bulling. Israelenses pelo mundo manifestam-se contra a criação do Estado Palestino, e o pau come na Faixa de Gaza. Tudo isso e muito mais um dia depois do dia mundial ou internacional da paz. Paz? Que piada! John Lennon foi assassinado discursando paz. O mesmo aconteceu com Jesus Cristo, conta a bíblia. Mas a pergunta que não posso deixar passar é: “Paz pra quem?”. Não que eu seja pessimista, niilista ou algo assim. Mas sejamos realistas, no mínimo. Paz não existe. O que pode existir é a tal ‘paz de espírito’, mas essa é de cada um, particular, individual, e pouco interessa nesse momento. Paz é utopia. Faz de conta. Mas ela pode existir? Pois é. Não sei. Responda você...


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