"Levei seis anos para reerguer Chapecó e o PT jogou lama em cinco minutos".
Palavras de autoria do ex-prefeito João Rodrigues,
surrupiadas da coluna do Bruno Pace Dori, do DI (jornal Diário do Iguaçu), publicadas em 17/04/2013,
referindo-se ao polêmico ‘caso Marcelino Chiarello’. Para alguns essa afirmação
do ex-prefeito (cujo chavão de campanha era: “O prefeito de verdade!”), João
Rodrigues, carrega a ideia de que, antes dele, não
tínhamos história. Veementemente o ex-prefeito disse que "o PT 'jogou
lama' sobre Chapecó, ao tentar espalhar ao Brasil que a cidade é uma terra sem
lei". Tragicômica toda essa situação em torno da morte do vereador, o que
para alguns causa estranheza, pois, num primeiro laudo (o único presencial no
cenário do acontecido, diga-se de passagem) foi atestado homicídio, depois
vieram 'os suicídios' e a confusão se fez. Há quem diga: “Ah, culpa da
PeTezada! Esses cu-munistas baderneiros. Olhem em volta os altos prédios e...”.
Xapecó é uma cidade onde impera a 'ordem e o progresso' (e se assim for, o
‘positivismo’ comteano). “Nossa história é limpa!”. A pouco, foi reeditado o
livro da professora Monica Hass, intitulado: 'O linchamento que muitos querem
esquecer', apontando essa 'limpeza' histórica, onde forasteiros foram varridos
pelos ‘heróis coronéis’ (conflito político - pra variar um pouco), pelas ‘mãos
limpas - e ensanguentadas - do povo’. No meio de tanta bagunça, polêmica ou
espetáculo, estive pensando: será que alguém vai escrever, num futuro não tão
distante, um livro que se chame 'O suicídio que muitos querem esquecer'? ou 'O
homicídio que muitos querem esconder'? Ou ainda, 'A confusão que ninguém fez
saber'? Putz, dei a deixa. Tudo bem, sou genial, eu sei! Mas esse livro é meu.
Se alguém roubar minha ideia, eu processo - ou limpo dessa história, como
fizeram alguns 'construtores' da 'nossa história' com os índios, caboclos e
forasteiros... Então, cuidado comigo, sou mau! Agora também escrevo no Gazeta
de Chapecó. Aproveitem, fiquem a vontade e até podem me xingar de ‘PeTista’,
‘cu-munista’, ou o que for. Não importa. Só não é tão fácil assim me localizar
e/ou classificar. Tenho a benção de Dionísio e a proteção de Exu Ventania – e a
minha própria contradição. E se vivo entre ‘heróis’ e ‘malditos’, ‘mocinhos’ e
‘bandidos’, tenho olhos acesos nessa dualidade.
* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó - 09/05
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