O planeta terra deveria se chamar planeta água. Pois, até onde
sei, é feito em sua maioria de água (em torno de setenta por cento). Assim
também é o corpo humano. Por isso, uma das frases mais comuns que se ouve
quando se trata de natureza é: ‘água é vida!’ – e não é por nada. Água do mar,
na praia, água da cachoeira, água no rio, da fonte, na piscina, no chimarrão,
suco, cerveja. Água na água. Quando dois rios se encontram ou quando algum rio
desemboca no mar. Água na boca quando um delicioso ou suculento prato está a
nossa frente. E a água da chuva que molha o chão e faz com que as vegetações
aconteçam? Dois mil e treze foi um ano molhado. Muita e boa chuva por aqui. Sei
que, em alguns lugares a água foi tanta que inundou e fez estragos. Mas não
culpo a água por isso. Talvez a invasão humana em locais impróprios. Talvez, a
falta de estrutura adequada e esclarecimento à população por parte dos Estados.
Talvez, por falta de condições ou possibilidades de quem sofreu com as
enchentes, inundações e deslizamentos. A água flui. É tão dinâmica e fluente
que, nada tem tanto poder quanto ela, e ao mesmo tempo, nada é mais suave como
ela. No entanto ela pode furar uma rocha. A água não luta, ela flui ao redor
das coisas. Chegamos a dois mil e quatorze com água, não tão limpa como
outrora, mas ainda sendo predominante nesse planeta que leva o nome de Terra,
talvez por ser aquilo que faça com que a água ainda esteja...
* também publicado no jornal Folha do Bairro, 03/01
Nenhum comentário:
Postar um comentário