sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Leituras do Cotidiano, 17/01

'Polícia 24 horas' e a mediocridade da televisão brasileira - parte II

ou A DITADURA DA MEDIOCRIDADE...

Mídia + empresas patrocinadoras + Estado + polícia (braço armado do Estado) = manutenção da mediocridade sociocultural veiculada destinada as massas, ou seja, 'circo para o povo'... 

Referente ao programa da band e ao meu texto publicado na edição anterior do Gazeta, citado no título desta postagem, as questões:

- Esse é o Estado democrático de direito? Um Estado permissor, favoritista, que foge a responsabilidade de estabelecer critérios (ou eles existem e não são cumpridos, cobrados ou fiscalizados pelo Estado?), que, no mínimo gerem campos amplos e abertos de possibilidades e não de determinismos reducionistas, como o que mais acontece na grande e oficial mídia (televisão, rádio, revista, jornal)...

- Esse é o papel e a 'seriedade' da instituição policial? policiais e polícia se prestando a isso (espetáculo midiático, circo)? na ridicularização dos menos assistidos ou mais despossuídos (pobres). Essa é a credibilidade dessa instituição?

- Esse é o papel da mídia, do jornalismo? o de, junto a publicitários, produtores e empresários do ramo da comunicação, reforçar e reproduzir em massa a 'miséria' cultural de um país, de um povo, tornando essa cultura mais miserável ainda? Fazer o jogo dos financiadores, patrocinadores desses programas, a troco de dinheiro, capital? Tudo em nome (discurso) da 'demo-cracia' (em nome dela, se estabelece uma ditadura, a 'ditadura da mediocridade')? E o Estado, e a polícia enquanto instituição do Estado, onde estão, pra que são e a quem servem nesta hora? 

Eis a 'seriedade' e a credibilidade dessas instituições (meios de comunicação - mídias, Estado e polícia) e do setor privado brasileiro que financia esse lixo todo. Se o 'povo' cai nesse apelo é porque a cultura foi constituída e ainda se reproduz assim. Aí entra a 'responsabilidade' das famílias (e seu modo), escolas (e seu corpo docente), igrejas (e suas crenças), universidades (e seus intelectuais) e clubes sociais (e seus membros). Padecemos de um 'mal cultural' e histórico. Tudo isso precisa ser reinventado, revisado, transformado, desconstruído - ou implodido, aniquilado, findado, destruído. Eu já comecei. E faz tempo! E você?

*

“Eu não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas e você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas.” (Lee Jun Fan - ou, Bruce Lee)



* também publicado no jornal Gazeta de Chapecó...



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