quarta-feira, 8 de julho de 2015

Nossa crise...

“Em fases de decadência (tanto econômica quanto cultural), sempre cresce o desejo pelo poder e o ódio ao diferente, então surgem os pretextos desta decadência e deste desejo que sempre acusam o 'outro' como responsável, onde crenças e cultos religiosos perdem sua conexão com a profundidade e as inquietudes filosóficas, em que algumas religiões (sob tudo as de caráter monoteísta) transformam-se em meras instituições políticas de poder, as quais tentam negociar favores com o divino e vantagens existenciais ou ideológicas por meios egoístas, violentos e cruéis”. E eis que no Brasil a votação do PNE (Plano Nacional de Educação) foi transformada em ‘batalha religiosa’, onde se quer proibir a discussão de gênero nas escolas. Enquanto isso, o presidente do congresso, Eduardo Cunha, conduz cultos religiosos no parlamento. Ah! Esses ‘homens de bem’ que discursam cristandade, mas, movidos por seus fetiches pessoais e interesses privados, votam em vingança social e punição. Eles tramam e continuam a ‘representar’: O quê? Quem? Nossa maior crise não é a econômica. É de ética, de moral e democrática. É cultural!


* também publicado no jornal Folha do Bairro.



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