“Em fases de decadência
(tanto econômica quanto cultural), sempre cresce o desejo pelo poder e o ódio
ao diferente, então surgem os pretextos desta decadência e deste desejo que
sempre acusam o 'outro' como responsável, onde crenças e cultos religiosos
perdem sua conexão com a profundidade e as inquietudes filosóficas, em que
algumas religiões (sob tudo as de caráter monoteísta) transformam-se em meras
instituições políticas de poder, as quais tentam negociar favores com o divino
e vantagens existenciais ou ideológicas por meios egoístas, violentos e cruéis”.
E eis que no Brasil a votação do PNE (Plano Nacional de Educação) foi transformada
em ‘batalha religiosa’, onde se quer proibir a discussão de gênero nas escolas.
Enquanto isso, o presidente do congresso, Eduardo Cunha, conduz cultos
religiosos no parlamento. Ah! Esses ‘homens de bem’ que discursam cristandade,
mas, movidos por seus fetiches pessoais e interesses privados, votam em
vingança social e punição. Eles tramam e continuam a ‘representar’: O quê?
Quem? Nossa maior crise não é a econômica. É de ética, de moral e democrática.
É cultural!
* também publicado no jornal Folha do Bairro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário