Incoerências
entre discurso e prática são comuns no desequilíbrio cultural-educacional de
muitas civilizações. Pegamos um só exemplo no Brasil, onde muitos empresários
religiosos cobram dizimo dos fiéis como sendo algo sagrado, mas negam-se a
pagar impostos. Dizem-se 'cristãos' mas não seguem os ensinamentos do Cristo,
onde alguns dos principais preceitos seriam o 'perdão' e a 'não violência',
sendo eles favoráveis as mais dissimuladas formas de punição. Camuflam-se em
discursos 'de bem' e nas aparências, mas motivam o ódio contra as diferenças de forma velada com o uso da
oratória e da retórica (política), a partir da imagem produzida (terno e
gravata) e do discurso, construídos com pretexto no 'sagrado', nas ditas
'sagradas escrituras' ou 'mandamentos' e na aparência dos ‘homens de bem’. Questões:
Cristo era assim? Que
'cristãos' são estes? Ocupam cadeiras no congresso e antes de votarem pelas punições
(ou fetiches), oram de mãos dadas, pedindo a graça divina para praticarem algo
bem mundano.
* também publicado no jornal Folha do Bairro.
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