sábado, 4 de junho de 2011

Ele(s) sempre tenta(m)...

Eles estão por aí, atordoados, no fundo de algum quarto escuro pensando em como sair. Às vezes, até se arriscam em entoar suas reclamações catequéticas em público. Se vestem da rebeldia dos malditos, mas no fundo são idealistas puritanos que tentam, através de falácias, esconderem suas mágoas sócio-históricas (até que disfarçam bem!). E eles sempre voltam a azucrinar meus ouvidos com seus gritos lamuriosos por detrás dos muros em que se escondem. Sou mira fácil por ter meu nome e minha imagem publicados junto aos meus devaneios numa folha de jornal e em meios virtuais. Mas isso não muda nada. Aliás, muda sim! Graças aos ‘ataques’ disfarçados de criticas fundamentadas, tenho pautas para alguns textos. No fim, certas atitudes acabam alimentando minhas crônicas. Agradeço! Decerto alguém deve ter idéia de como é difícil escrever todos os dias. Decerto, alguém deve saber o quanto custa um pacote de feijão. Claro, muitos sabem! Decerto, alguém se esqueceu de avisar aos ‘críticos do vazio’ que espaços se conquistam e não se ganham assim, tão fácil. Não foram avisados que respeito e certos reconhecimentos também se conquistam e não se impõem. ‘Querer ser’ é diferente de simplesmente ‘ser’. Toda a conquista requer certo tempo, ousadia e luta. Nada cai do céu por um desígnio divino - sinto informar! As coisas se constroem, e muitas vezes, essa construção é penosa, mas também, pode ser divertida, prazerosa. Logo, me divirto escrevendo e isso me dá prazer. Mas não nego, às vezes, escrever também pode ser penoso. Se não tivesse nada pra dizer, pra considerar, não escreveria. Se o faço, é porque tenho alguma condição pra isso - e se faço disso um ofício, um ganho, é porque essa condição se comprova. Não sou o melhor escritor do mundo, eu sei. Nem do país, Estado ou da cidade. Mas também não sou o pior. Conheço uma de gente pior do que eu. Bem pior! E alguns melhores. Alguns! Na minha rua, talvez eu seja o melhor. Talvez! Mas isso não interessa. O que interessa é que luto pra fazer o que gosto, e que tenho leitores pra isso – motivos das publicações (além de um jornal que acredita no meu trabalho). Mas não só de críticas vivem as crônicas (só pra considerar os elogios). Enfim, avisem os desavisados: “Ou tu ocupa os espaços, ou os espaços te ocupam” – bang!


Um comentário:

Ana Paula disse...

Também conheço muita gente assim. Isso é universal. Geralmente são egoístas e invejosos. Gosto do humor ácido dos seus textos, que sempre trazem um gostinho de filosofia, além do aspecto literário e o tom crítico.