segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um quase cronista!



















Nada é eterno. Tudo passa. Tudo o que é sólido. A vida é um sopro – e ela só existe em termos físicos, materiais. Por isso amigo, viva agora! Não demore pra dizer qualquer coisa. Diga já. Antes que seja tarde e depois não dê mais tempo pra dizer. Uma besteira, bem grande. Qualquer coisa! Já falei. Diga, diga! Ainda há tempo... Ao contrário de L. C. Prates, não dou a mínima pra manuais de auto-ajuda. Prates era muito indignado na telinha, por isso, talvez, a auto-ajuda o faça bem. Às vezes atirava no escuro. Pegava pesado ‘com’ e ‘sem’ conhecimento dos fatos. E o bicho pegou. Não pela sua falta de conhecimento, mas pelo modo de dizer. Ouvi dizer. Também não sei. Não estou para ‘gorar’ o ex-comentarista da RBS. Falando nisso, Prates agora está sendo publicado em um jornal aqui da cidade. ‘Coisa de louco!’ como dizia um caboclo amigo meu. Bebia mate sentado na porta do rancho e largava suas críticas sem meias palavras. Eu só ouvia. Gostava da forma ‘não sensacionalista’ dos seus ataques verbais. Era um autêntico cronista. A diferença é que nunca esteve num veículo de comunicação (além de não ser sensacionalista). Não, não estou relacionando Prates com o sensacionalismo televisivo, isso é malícia da sua mente. É só uma crônica – de péssima qualidade, diga-se de passagem, (e sem humor algum), percebam! Mas preciso dizer antes que o sopro da vida se encerre. Por isso, digo agora, de forma crônica e antes que alguém bata na minha porta me oferecendo algum livro ou manual de auto-ajuda ou de alguma religião que prega a salvação da alma porque o corpo não interessa, antes do final do mundo, que pelos detritos do calendário maia, é no final do ano que vem. Que venha! Tá bom, tá bom seu José, não sou nenhum Prates ou um Arnaldo Jabor (ainda bem!). Nem mesmo um Xico Sá ou um Mirisola. Me conformo comigo mesmo, um homem interiorano que mal rabisca seus textos em troca de festas nutritivas e algum troco pro trago. Um maldito entre muitos benditos. Um pervertido entre muitos puros. Um errante entre muitos moralistas. Tudo isso e muito mais. Não nego. A vida é curta demais pra que eu me explique, portanto, encaro os fatos. Economizo tempo não tentando me justificar. Coitado de mim! Enfim... Isso é o mais próximo que eu já cheguei de um texto de auto-ajuda. Estou aprendendo! Aos poucos, aos poucos...

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