sábado, 2 de julho de 2011

Ah! Esses ferrugens da moral...

Poderia falar de políticos e seus partidos como se fossem uma raça, citando genes e DNA, com o ‘espetacular’ sensacionalismo vicioso, como fazem alguns colunistas mundo a fora – ou Xapecó adentro. Poderia, com o olhar perpendicular, sempre ‘reto’ e vindo do lado masculino-patriarcal (ou machista, se preferirem), racionalizar a vida, como fazem alguns colunistas mundo a fora – ou Xapecó adentro. Poderia também, atuar como se fosse um bom conselheiro comportamental, dizendo pras meninas, por exemplo, como deve ser sua conduta sócio-cultural para que atinjam uma ‘boa vida’ ou o sucesso social e financeiro, como fazem alguns colunistas mundo a fora – ou Xapecó adentro. Poderia assim, ser medíocre. E talvez, até seja um pouco. Mas só um pouco. O problema é ‘os muitos’. Eles se proliferam por aí, em ‘alguns’ veículos de comunicação. Vivem de suposições e falácias, quando não, tentativas medonhas e frustradas de moralizar algo. São tão moralistas que só enxergam as suas supostas verdades, estacionadas, estagnadas, mortificadas, empoeiradas - fraudulentas. Baseiam-se em pesquisas tão fraudulentas quanto as suas verdades. Também, estão sempre atentos ao supérfluo - duvido que parem para pesquisar, ler, experimentar. São tão óbvios no que pensam! E quando ‘dizem’ ou escrevem, reproduzem, reforçam pré-conceitos e o ‘senso-comum’. Arautos da repetição. São tão desprezíveis aos olhos vivos do poeta que não se contenta com o pouco disso tudo. Eu, como uma bactéria, estou no mundo deles (mas não só eu). Pelo menos simbolicamente ou virtualmente, através dessas linhas mal traçadas que infectam, nem que seja minimamente, o ‘mundo da comunicação’. Informar é pouco. Muito pouco. Através de uma ‘pirotecnia da linguagem’, nestes textos doentios e cheios de curvas (que talvez não sirvam pra nada), eu reinvento um pouco do mundo. Um pouco. É o que me cabe. É o que eu tenho pra dar. Antes um ébrio do que um moralista! Os ‘consertadores do mundo’ escondem suas faces por detrás da moral. Não queiram vê-las assim como eu vejo. Vocês, certamente, perderão o sono.


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