quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A queda! (ou ‘As ONGS ilesas’)



















O ministro dos Esportes caiu. Não, não foi um tombo qualquer, daqueles que no máximo se esfola o joelho. Foi um tombo estrondoso. Orlando Silva, do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), cai acusado de fazer parte de um ‘esquema’ aí, com algumas ONGS aí. Não vou aqui me deter em fazer o que é óbvio e que a grande maioria dos meios de comunicação faz, que é repetir, reproduzir, polemizar, tornando assim, um tema ou assunto vulgar. Vou apontar minha artilharia para um outro alvo, muito mais significativo, porém, menos visado pelos atiradores de plantão. No fundo, grande parte desses meios, faz seu barulho para encobertar problemas maiores, movidos por interesses privados de grupos organizados em torno do poder e da manutenção dele. As ditas ONGS, pelo menos a maioria delas, nem deveriam nem existir. Num país que se propõe coerente, ‘sério’, ‘descente’, o Estado deveria arcar com tudo. Não é assim no discurso dos defensores do Estado? Um país como o Brasil, que arrecada tanto e que cresce (pelo menos economicamente), dia após dia, faz o que com toda a sua arrecadação? Impostos e mais impostos, riquezas cada vez mais aparentes, e nada de divisão dessas riquezas, nada de reforma agrária (tão necessária para um país que é um grande latifúndio), saúde e educação calamitosas, etc. Não, isso não é algo peculiar do governo atual, nem do anterior. Isso se arrasta dentro da história desse país. Aqui é a casa da corrupção e da falta de vontade criativa e ‘revolucionária’ da população - & viva a Veja, a Globo, o sertanejo universitário, o pão e circo! Cai ministro, entra ministro, e as ONGS continuam. E continuam os desvios e a lavagem de dinheiro (e a cerebral). Ei! Vamos montar uma ONG também? Monte a sua! É facinho! O governo garante a verba. Dá pra viver bem! Vamos montar uma ONG e ‘lavar a égua’ chê! O comuna caiu e a tucanada comemora. Tem partido novo aí (mas não tão novo!) louquinho pra pegar o filé. A carne é macia e contém proteínas que engordam. Os velhos da política brasileira sempre estão à espreita. Não sei por que, mas quando se fala em império, dinastia, essas coisas, me vem logo na cabeça o Sarney e sua família e seu Estado, o Maranhão. Desde criancinha ouço o nome desse senhor pela televisão. Deve ser o poder hereditário. Cai governo, entra governo, e o dito cujo sempre ali, coladinho. Acho que quando o Sarney não der mais pra político (olha a malícia!), vai se garantir numa ONG.



Nenhum comentário: