quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A crise do capitalismo e a direita fundamentalista

Em meio à crise do capitalismo estadosunidense e europeu (presente nas diversas tentativas de salvar a Grécia, berço da filosofia de caráter helênica de Sócrates, Platão e Aristóteles, três ideários que influenciam o ocidente ainda hoje), a ultra-direita liberal-conservadora e fundamentalista põe suas garras de fora. Os ataques na Noruega por aquele direitista de cunho nazi-fascista é uma mostra disso. Políticos e militantes da intolerância étnico-racial se organizam velados por todos os cantos do globo. Se antes os judeus eram o principal alvo, hoje são todos os outros povos, os considerados inferiores (entre eles, os muçulmanos). Uma guerra étnico-cultural, político-ideológica e religiosa se desenha. Os valores ocidentais ufanistas de extrema direita atuam velados, de forma simbólica pela ideologia de mercado e por algumas ordens secretas na sociedade já há algum tempo (desde a Idade Média, eu diria). Só não são tão perceptíveis, ou seja, não são vistos ‘a olho nu’ pela grande maioria das pessoas. Só são vislumbrados quando atos de violência como os ataques na Noruega acontecem e viram notícia nos meios de comunicação. Grupos neonazistas e neofascistas, partidos ortodoxos cristãos e algumas ordens secretas, entre outros, atuam cotidianamente na manutenção das suas ideologias e em planejamento para o sucesso das suas tomadas de poder e território. Pregam uma pretensa e suposta pureza, uma superioridade racial-cultural, uma hierarquia social e uma economia forte, assim como seu conceito de raça ideal deve ser. Força física, intelectual, espiritual, cultural, racial, além da econômica. O idealismo de um sistema ‘perfeito’ - mas só para os ‘eleitos’ (é bom que se diga). O combate às diferenças, ao multiculturalismo, a miscigenação, é um dos objetivos centrais dessas ideologias xenofóbicas. A perseguição daquilo que se convencionou chamar de ‘marxismo’ (ou dos ‘comunistas’ – nisso, qualquer pessoa que tenha algumas concepções libertárias é considerado um). A caça às bruxas. A luta do ‘bem’ contra o ‘mal’. O aparente ‘eterno dualismo’. O perigo desse tipo de pensamento é tão presente! Por isso, não se enganem, a intolerância se esconde por detrás de uma moral. E cuidado com os ideais, eles podem sufocar o pouco de sopro de diversidade que ainda existe.


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